terça-feira, 24 de novembro de 2009

AMARGURA E RESSENTIMENTO NA IGREJA


Os dicionários registram a palavra amargura com o significado de angústia, dor, tristeza, aflição, acrimônia, azedume, ressentimento, mágoa. Pode-se falar de amargura com tais significados na Igreja? Há realmente crentes angustiados, tristes, aflitos, azedos, acrimoniosos? A Igreja, o corpo de Cristo, por sua origem em Deus, e porque constitui-se de pessoas regeneradas, não deveria ser imune a tais coisas?
Infelizmente, reconheçamos, há membros em nossas Igrejas que não somente vivem amargurados, mas também distribuem amargura, contagiando o ambiente da Igreja, que deveria exalar amor e santidade. Deus não deseja para o crente uma existência de amargura, mas uma vida que mostre o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gál. 5.22,23).
AMARGURA É PECADO

A palavra “amargura” aparece três vezes no Novo Testamento, na Nova Versão da Imprensa Bíblica Brasileira. A primeira referência, em Atos 8.23, relaciona-se com Simão de Samária, que ofereceu dinheiro aos apóstolos, tentando comprar um poder de natureza espiritual. Pedro disse-lhe que ele se achava “em fel de amargura e em laços de iniquidade”, e que sofreria sério castigo, se não se arrependesse imediatamente.
A segunda referência, em Romanos 3.14, liga amargura e maldição na vida dos que estão debaixo do pecado. Este texto caracteriza a amargura como sentimento próprio de quem vive afastado de Deus.
A terceira referência aparece em Efésios 4.31, e faz parte de uma passagem em que o apóstolo opõe a santidade cristã aos costumes dos gentios, aconselha os crentes a se despojarem do “velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano” (Ef. 4.22), e recomenda: “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.”
Amargura é, pois, pecado, que precisa de arrependimento. Amargura como pecado afasta o homem de Deus. A amargura entristece o Espírito e impede a operação dele no crente e na vida da Igreja.

OS MALES DA AMARGURA

O maior prejuízo trazido pela amargura ao crente e à igreja é de natureza espiritual, pois, como afirmamos linhas acima, entristece o Espírito, e interrompe a comunhão com Deus. Esse fato já daria motivos suficientes para lutarmos contra a existência de tal sentimento no meio do povo de Deus. Há mais, no entanto.
Tim LaHaye, autor de “Temperamento Controlado pelo Espírito”, trata a amargura como variação da ira que prejudica o individuo em termos emocionais, físicos e sociais. As virtudes e defeitos de uma comunidade correspondem ao somatório das qualidades e falhas dos indivíduos que a compõem. Se há indivíduos amargurados na igreja, a comunidade eclesiástica sofrerá, sem dúvida.
A amargura adoece o estado de espírito, e leva o indivíduo a tomar “decisões prejudiciais, devastadoras ou embaraçosas”. Com isso, a pessoa, além de prejudicar-se, estende esse prejuízo a seus familiares, aos que dela dependem, aos que com ela se relacionam, ao contexto social de que participa.
Uma pessoa amargurada torna-se solitária, sozinha, porque os outros dela se afastam, incapazes de suportar o seu mau humor, que se mostra não somente através das palavras, mas também por atos e atitudes.
Um indivíduo amargurado atrai enfermidades, porque, acentua LaHaye, “a ira e o amargor causam tanta tensão, a qual, por sua vez, produz o desequilíbrio físico, de modo que milhares de reais são desnecessariamente gastos pelos cristãos com médicos e drogas”.

POR QUE CRENTES AMARGURADOS?

Já dissemos que amargura é pecado. E a causa da existência desse trágico sentimento nas pessoas pode ser vista na presença do egoísmo.
Somos geralmente cônscios de nossos direitos. Não nos preocupamos tanto com os deveres. Mas quanto aos direitos, nós os exageramos até. Quando alguém toca nos nossos preciosos direitos, desperta-se o leão que habita dentro de nós, enchendo-nos de ira; guardamos a mágoa no coração; ruminamos um ressentimento que dá origem à amargura. É por isso que a Bíblia recomenda: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef. 4.26). Abrigar e alimentar mágoa e ressentimento no coração dá como conseqüência vida amargurada.
Quando vemos a vitória de outros, alcançando algo que não conseguimos, alimentamos ciúme e inveja, e daí para a amargura não vai mais de um passo. Quando alguém diz uma palavra que mexe nos nossos problemas, em nossas falhas e deficiências, nós nos aborrecemos, e nos voltamos contra tal pessoa, deixando que o ressentimento domine o nosso coração.
Há crentes amargurados porque estamos dando lugar ao diabo, cedendo terreno ao egoísmo, permitindo a ocupação de nosso coração pelo pecado, entristecendo o Espírito Santo de Deus. Amargura é pecado, não se pode fugir disso. E quem cultiva a amargura, e concorda com sua instalação no coração, está deixando o pecado dominar e dirigir sua vida, interrompendo assim a comunhão com o seu Deus.
O REMÉDIO PARA A AMARGURA

Reconhecer a amargura como pecado é o primeiro e grande passo para a cura deste mal terrível que adoece a vida cristã individual, e polui a atmosfera da igreja a que pertencemos.
A Bíblia ensina aquilo que o crente deve fazer, quando tiver de tratar com o pecado. Veja I João 1.9.
Davi viveu experiência semelhante, conforme registra Salmos 32: “Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos... o meu humor se tornou em sequidão de estio.” Quando tomou a decisão de confessar-se ao Senhor, Davi encontrou o perdão, e o remédio para a amargura: “Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri... e tu perdoaste a culpa do meu pecado.” E aquele que tinha um humor como sequidão de estio vê-se agora cercado de “alegres cânticos de livramento”.
A confissão lava o coração do crente. Pela consagração e dedicação ao Senhor, o Espírito Santo ocupa aquela parte de nossa vida, antes destinada ao pecado. E a amargura é banida do coração.
Pr. Omar Bianchi

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O PERDÃO- ACENDA ESTA CHAMA!




Acredito que haja uma virtude ainda me­nos popular (que a castidade), expressa na regra cristã "Amarás a teu pró­ximo como a ti mesmo". Porque, na moral cristã, "amar o próximo" inclui "amar o inimigo", o que nos impin­ge o odioso dever de perdoar nossos inimigos.
Todos dizem que o perdão é um ideal belíssimo até terem algo a perdoar, como nós tivemos durante a guer­ra. Nesse momento, a simples menção do assunto é re­cebida com bramidos de ódio. Não é que as pessoas julguem essa virtude muito elevada e difícil de praticar: julgam-na, isto sim, odiosa e desprezível. "Essa conversa nos dá nojo", dizem. E metade de vocês já deve estar querendo me perguntar: "E, se você fosse judeu ou po­lonês, perdoaria a Gestapo?"
Eu também me faço essa pergunta. Faço-a muitas vezes. Do mesmo modo, quando o cristianismo me diz que não posso negar minha religião mesmo que seja para me salvar da morte pela tortura, pergunto-me muitas vezes qual seria minha atitude numa situação dessas. Não quero lhe dizer o que eu faria — aliás, o que posso fazer é bem pouco —, mas sim o que é o cris­tianismo. Não fui eu que o inventei. E ali, bem no meio dele, encontro as palavras: "Perdoa as nossas dívidas, as­sim como perdoamos aos nossos devedores." Não há a menor insinuação de que exista outra maneira de obter­mos o perdão. Está perfeitamente claro que, se não per­doarmos, não seremos perdoados. Não há alternativa. O que podemos fazer?
Vai ser difícil de qualquer modo, mas creio que exis­tem duas coisas que podemos fazer para facilitar um pouco as coisas. Quando vamos estudar matemática, não começamos pelo cálculo integral, mas pela simples arit­mética. Da mesma maneira, se realmente queremos (e tudo depende dessa vontade real) aprender a perdoar, o melhor talvez seja começar com algo mais fácil que a Gestapo. Você pode começar por perdoar seu marido ou esposa, seus pais ou filhos ou o funcionário público mais próximo por tudo o que fizeram e disseram na sema­na passada. Isso já vai lhe dar trabalho. Em segundo lu­gar, você deve tentar entender exatamente o que signi­fica amar o próximo como a si mesmo. Tenho de amá-lo como amo a mim mesmo. Bem, como é exatamente esse amor a mim mesmo?
Agora que começo a pensar no assunto, vejo que não nutro exatamente um grande afeto nem tenho especial predileção pela minha pessoa, e nem sempre gosto da minha própria companhia. Aparentemente, portanto, "amar o próximo" não significa "ter grande simpatia por ele" nem "considerá-lo um grande sujeito". Isso já de­veria ser evidente, pois não conseguimos gostar de al­guém por esforço. Será que eu me considero um bom camarada? Infelizmente, às vezes sim (e esses são, sem dú­vida, meus piores momentos), mas não é por esse moti­vo que amo a mim mesmo. Na verdade, o que acontece é o inverso: não é por considerar-me agradável que amo a mim mesmo; é meu amor próprio que faz com que eu me considere agradável. Analogamente, portanto, amar meus inimigos não é o mesmo que considerá-los boas pessoas. O que não deixa de ser um grande alívio, pois muita gente imagina que perdoar os inimigos significa concluir que eles, no fim das contas, não são tão maus assim, ao passo que é evidente que são. Vamos dar um passo adiante. Nos meus momentos de maior lucidez, vejo que não somente não sou lá um grande sujeito como posso ser uma péssima pessoa. Recuo com horror e repugnância diante de certas coisas que fiz. Logo, isso parece me dar o direito de me sentir horrorizado e repugnado diante dos atos de meus inimigos. Aliás, pen­sando no assunto, lembro que os primeiros mestres cris­tãos já diziam que se devem odiar as ações de um ho­mem mau, mas não odiar o próprio homem; ou, como eles diriam, odiar o pecado, mas não o pecador.
Por muito tempo julguei essa distinção tola e insig­nificante: como se pode odiar o que um homem faz e não odiá-lo por isso? Somente anos depois me ocorreu que fora exatamente essa a conduta que eu sempre ti­vera com uma pessoa em particular: eu mesmo. Por mais que eu abominasse minha covardia, vaidade ou cobiça, continuei amando a mim mesmo. Nunca tive a menor dificuldade para isso. Na verdade, a razão mesma pela qual detestava tais coisas é que amava o homem que as co­metia. Por amar a mim mesmo, sentia um profundo pe­sar por agir assim. Conseqüentemente, o cristianismo não quer ver reduzida a um átomo a aversão que sentimos pela crueldade e pela deslealdade. Devemos odiá-las. Não devemos desdizer nada do que dissemos a esse res­peito. Porém, devemos odiá-las da mesma forma que odiámos nossos próprios atos: sentindo pena do homem que as praticou e tendo, na medida do possível, a esperança de que, de alguma forma, em algum tempo e lu­gar, ele possa ser curado e se tornar novamente um ser humano.
A verdadeira prova é a seguinte: suponha que você leia no jornal uma reportagem sobre atrocidades ignominiosas e que, no final, se revele que a reportagem era falsa ou que as atrocidades não eram tão terríveis quanto na primeira versão. Qual será sua reação? Será "graças a Deus, nem eles são capazes de tanta maldade"? Ou você ficará decepcionado, disposto até a continuar acre­ditando na primeira reportagem pelo simples prazer de continuar julgando seus inimigos tão maus quanto pos­sível? Se for a segunda reação, infelizmente você dará o primeiro passo de um processo que, no final, o trans­formará num demônio. E fácil notar que a pessoa que agiu assim está começando a desejar que a escuridão seja um pouco mais escura. Se dermos vazão a esse tipo de sentimento, logo estaremos desejando que a penumbra também seja escura, e, depois, que a própria claridade seja negra. No final, insistiremos em ver tudo — inclusi­ve Deus, nossos amigos e nós mesmos — como maus, e não seremos capazes de parar. Estaremos presos para sempre num universo de puro ódio.
Os sentimentos de ressentimento e de vingança de­vem ser simplesmente exterminados de dentro de nós. Bem sei que ninguém tem o poder de decidir que, des­te momento em diante, não terá tais sentimentos. As coisas não acontecem assim. Quero somente dizer que, toda vez que esses sentimentos levantarem a cabeça, de­vemos espancá-la — dia após dia, ano após ano, até o fim da nossa vida. É um trabalho árduo, mas não é im­possível tentar executá-lo. Falando claramente, devemos desejar o seu bem (do nosso inimigo). É isso que a Bíblia quer dizer com o amor ao próximo: desejar o seu bem, sem ter de sentir afeto nem dizer que ele é gentil quando não é.
Admito que isso significa amar pessoas que não têm nada de amáveis. Mas pergunto: será que eu mesmo sou uma pessoa digna de ser amada? Amo a mim mes­mo simplesmente porque sou eu mesmo. Deus quer que amemos a todas as criaturas, todos os "eus", da mesma forma e pela mesma razão: apenas, no caso pessoal de cada um, já deu o resultado certo da conta para nos en­sinar como é que se soma. Devemos, a partir disso, aplicar a regra a todas as outras pessoas. Talvez isso se tor­ne mais fácil se lembrarmos que é dessa forma que ele nos ama. Não pelas belas qualidades que julgamos pos­suir, mas simplesmente porque cada um de nós é um "eu". Pois, na realidade, não existe mais nada em nós que seja digno de amor: nós, que encontramos um prazer tão grande no ódio que abdicar dele é mais difícil que largar a bebida ou o cigarro...
(Texto extraído do Livro "Cristianismo puro e simples" de autoria de C.S.Lewis)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sinais do Homem Espiritual



O conceito de espiritualidade varia entre os diversos grupos cris­tãos. Em alguns círculos, a pessoa que fala incessantemente de reli­gião é julgada como sendo muito espiritual. Outros aceitam a exube­rância ruidosa como um sinal de espiritualidade, e em algumas igrejas, o homem que ora em primeiro lugar, por mais tempo e mais alto consegue uma reputação de ser o mais espiritual na assembléia.
Um testemunho vigoroso, orações freqüentes e louvor em voz alta podem entrosar-se perfeitamente com a espiritualidade, mas é importante entendermos que em si mesmos eles não constituem nem provam a presença da mesma.
A verdadeira espiritualidade manifesta-se em certos desejos do­minantes. Eles são desejos sempre presentes, fixos, suficientemente poderosos para dominar e controlar a vida da pessoa. Para facilitar, vou mencioná-los, embora não me esforce para decidir sua ordem de importância.
1. Primeiro, o desejo de ser santo em lugar de feliz. A busca da felicidade, tão difundida entre os cristãos que professam uma santidade superior e prova suficiente de que tal santidade não se acha presente. O homem verdadeiramente espiritual sabe que Deus dará abundância de alegria no momento em que possamos recebê-la sem prejudicar nossa alma, mas não exige obtê-la imediatamente. John Wesley falou a respeito de uma das primeiras sociedades meto­distas da qual duvidava terem seus membros sido aperfeiçoados em amor, pois iam à igreja para apreciar a religião em lugar de aprender como tornar-se santos.
2. O indivíduo pode ser considerado espiritual quando quer que a honra de Deus avance por meio de sua vida, mesmo que isso signi­fique que ele mesmo tenha de sofrer desonra ou perda temporárias. Um homem assim ora: "Santificado seja o teu nome", e acrescenta baixinho: "Qualquer que seja o custo para mim, Senhor". Ele vive para honrar a Deus, através de uma espécie de reflexo espiritual. Cada escolha envolvendo a glória de Deus, para ele já está feita antes de apresentar-se. Não é necessário que debata o assunto em seu íntimo, pois nada há a discutir. A glória de Deus é necessária para ele; ele a aspira como alguém sufocando-se aspira o ar.
3. O homem espiritual quer carregar a sua cruz. Muitos cristãos aceitam a adversidade ou a tribulação com um suspiro e as chamam de sua cruz, esquecendo de que tais coisas podem acontecer tanto a santos como a pecadores. A cruz é aquela adversidade extra que surge como resultado de nossa obediência a Cristo. Esta cruz não é forçada sobre nós; nós voluntariamente a tomamos com pleno conhe­cimento das conseqüências. Nós decidimos obedecer a Cristo e fa­zendo essa escolha, decidimos carregar a cruz.
Carregar a cruz significa ligar-se à Pessoa de Cristo, ser fiel à soberania de Cristo e obediente aos seus mandamentos. O indivíduo espiritual é aquele que manifesta essas características.
4. O cristão espiritual é também aquele que tudo observa sob o ponto de vista de Deus. A capacidade de pesar tudo na balança divina e dar-lhes o mesmo valor dado por Deus, é o sinal de uma vida cheia do Espírito.
Deus olha para tudo e através de tudo ao mesmo tempo. Seu olhar não repousa sobre a superfície mas penetra até o verda­deiro significado das coisas. O cristão carnal olha para um objeto ou uma situação, mas pelo fato de não ver através dela fica entusias­mado ou deprimido pelo que vê. O homem espiritual tem capacidade para ver através das coisas como Deus vê e pensar nelas como Ele pensa. Ele insiste em ver tudo como Deus vê, mesmo que isso o hu­milhe e exponha a sua ignorância até o extremo de fazê-lo sofrer.
5. Outro desejo do homem espiritual é morrer retamente em lugar de viver no erro. Um sinal seguro do homem de Deus amadurecido é de sua despreocupação com a vida. O cristão terreno, consciente do corpo, olha para a morte com terror no coração; mas à medida que continua vivendo no Espírito torna-se cada vez mais indiferente ao número de anos que vai viver aqui embaixo, e ao mesmo tempo cuida cada vez mais do modo como vive enquanto está aqui. Não irá comprar alguns dias extra de vida ao custo da transigência ou fracasso. Quer acima de tudo ser reto, e fica feliz em deixar que Deus decida quanto tempo deve viver. Ele sabe que pode morrer agora que está em Cristo, mas sabe que não pode agir erradamente, e este conhecimento torna-se um giroscópio que dá esta­bilidade aos seus pensamentos e seus atos.
6. O desejo de ver outros progredirem com sua ajuda é outro sinal do homem que possui espiritualidade. Ele quer ver outros cris­tãos acima de si e fica feliz quando estes são promovidos e ele negli­genciado. Não existe inveja em seu coração; quando seus irmãos são honrados fica satisfeito, por ser essa a vontade de Deus e essa von­tade é seu céu na terra. O que é agradável a Deus lhe dá também prazer, e se for do agrado de Deus exaltar outrem acima dele, sa­tisfaz-se com isso.
7. O homem espiritual faz no geral juízos eternos e não tem­porais. Pela fé supera o poder de atração da terra e o fluxo do tempo e aprende a pensar e sentir como alguém que já deixou o mundo e foi juntar-se à imensa companhia dos anjos e à assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus. Um homem assim preferiria ser útil e não famoso, servir em lugar de ser servido.
Tudo isto se realiza pela operação do Espírito Santo que ne!e habita. Homem algum pode ser espiritual por si mesmo. Apenas o Espírito da liberdade pode tornar o homem espiritual.

(Grifos nossos- Texto extraido do Livro “O melhor de A.W.Tozer (1897-1963) Ed.Estação do Livro)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SELO: DECLARAÇÃO DE AFETO


Recebi esse belo selo da querida irmã Maria José do blog "Arca do autoconhecimento" (http://arcadoconhecimento.blogspot.com/).
Não mereço, mas agradeço. Muito obrigado por mais essa demonstração de carinho e afeto.
Faz quase nove meses que publiquei o blog "Procurando os perdidos" e nesse tempo tenho aprendido muito, não apenas visitando os blogs que considero importantes e edificantes, como é o caso do "Arca do autoconhecimento", mas também pelos comentários que os amados irmãos têm deixado não apenas nesse espaço, mas também nos outros blogs que administramos: "Ibrágua da vida" e "Terceira Revelação?", cujos banners ficam na coluna ao lado.
Aceito esse selo porque sei da sinceridade e do comprimisso da amada irmã em ajudar ao próximo e viver a máxima de Jesus, amando ao nosso próximo como a nós mesmos.
Querida irmã, Deus tem os seus propósitos, seus meios e o Seu tempo para todas as coisas.
O Senhor seja contigo hoje e sempre e continue te dando sabedoria, consolando seu coração que às vezes fica abatido e cansado, entendimento em todas as coisas e um amor cada vez maior por todos que a cercam. Você tem semeado amor e é o fruto do amor que você colherá.
Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Selo "Blog Instigante"

Ganhei da querida irmã Maria José do blog "Arca do autoconhecimento" (http://arcadoconhecimento.blogspot.com/).

Esse selo representa os blogs que além da assiduidade das postagens e do esmero com que são feitos, provoca-nos a necessidade de refletir, questionar, aprender e sobretudo que instigam almas e mentes à procura de conhecimento e sabedoria.
Obrigado querida irmã por mais essa demonstração de carinho. Não é preciso dizer o carinho e o afeto que tenho por você, mas vou dizer: Você é uma pessoa muito importante e não esqueço de você em minhas orações.Temos aprendido muito um com o outro e isso nos aproxima e impulsiona a buscarmos a paz com todos como nos ensina o apóstolo Paulo (Rm 12.18).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

AMOR E FALTA DE AMOR NA IGREJA

A Igreja de Jesus Cristo é uma comunidade fundada no amor.

O inigualável, indescritível e imensurável amor de Deus providenciaram a salvação do homem. O amor de Jesus Cristo, entregando-se no Calvário, deu sentido ao sacrifício todo-suficiente, que nos livra do pecado e de suas conseqüências trágicas e danosas, e nos restaura à comunhão com Deus. Eis o primeiro fundamento necessário à existência da Igreja.
A Igreja fundamenta-se também no amor do crente para com Deus. Jesus disse estas palavras, quando respondia uma pergunta sobre o grande mandamento (Mt 22.37). Num dos últimos encontros com seus discípulos, já após a ressurreição, Jesus colocou o amor como condição básica para o ministério de seus servos ao mundo: “Amas-me?... Pastoreia as minhas ovelhas” (João 21.16).
Além do amor de Deus, a Igreja existe em função do amor dos crentes, uns para com os outros. A necessidade de amor mútuo constitui freqüente recomendação aos crentes das igrejas primitivas, nas epístolas do Novo testamento. Tais recomendações aplicam-se igualmente, sem dúvida alguma, às condições de nossas igrejas nos dias atuais.

O AMOR NA IGREJA PRIMITIVA
O livro de Atos dos Apóstolos oferece-nos registros breves, mas reveladores da comunhão fraternal na igreja primitiva. O liame dessa fraternidade era o amor. Os crentes “estavam unidos e tinham tudo em comum” (Atos 2.44,45).
Não havia na igreja primitiva um regime comunista, pois ninguém era forçado a ceder seus bens para distribuição entre os pobres. Os crentes proprietários não sofriam o confisco de suas riquezas. O amor de uns para com outros, isso sim, movia os cristãos a dividirem suas posses com os mais necessitados.
Nas epístolas, Paulo testemunha do amor existente nas igrejas de seu tempo. Os crentes de Macedônia e Acaia, responderam positivamente, e de imediato, ao apelo de socorro aos irmãos da Judéia. Por outro lado, os crentes da Judéia, beneficiados pelo amor e liberdade dos de Macedônia e Acaia, demonstram “ardente afeto” por eles (II Co 9.14).
Paulo não cessava de dar graças a Deus pelo amor dos efésios “para com todos os santos” (Ef. 1.15,16). Ele sentia-se profundamente tocado com a participação dos filipenses nos seus sofrimentos. Eles se identificaram com o pregador, porque um profundo amor foi gerado em seus corações. E o apóstolo quer mais: “Que o vosso amor aumente mais e mais” Os colossenses também experimentavam “amor para com todos os santos” (Cl 1.4).
Poderíamos multiplicar citações e referências bíblicas que mostram as igrejas dos tempos apostólicos como comunidades onde se respirava um ambiente de amor. Bastam-nos, entretanto, para este estudo, as que mencionamos. E sirvam-nos esses exemplos.
FALTA DE AMOR NA IGREJA PRIMITIVA
Não havia apenas amor na igreja apostólica.
Por vezes, somos assaltados por um complexo de inferioridade, quando comparamos nossas igrejas com as dos tempos neo-testamentários, e imaginamos as igrejas do primeiro século como comunidades perfeitas em santidade e amor. É bom lembrar, para nosso consolo, que os crentes das igrejas daqueles tempos eram homens e mulheres como nós, sujeitos às mesmas paixões e falhas, e aos mesmos pecados. Havia amor, mas existia também falta de amor, insinceridade, orgulho, vaidade.
Eis alguns exemplos:
1-
Ananias e Safira não agiram com sinceridade e amor, quando tentaram imitar a Barnabé. Por isso receberam duro castigo (Atos 5.1-10).
2- Houve necessidade de serem escolhidos sete homens para servirem às mesas (Atos 6.1-6), porque aconteciam irregularidades e preferências indevidas no serviço de beneficência da Igreja em Jerusalém.
3- Paulo entristeceu-se com a falta de amor na Igreja de Corinto, que enfrentava problemas relacionados com sérias dissensões (I Co 1).
4- Na carta aos Gálatas, o apóstolo usa uma linguagem dura, jamais dirigida a pessoas que se amam realmente (Gl 5.15).
5- Paulo reclamou daqueles que o abandonaram, com referência especial a Alexandre, o latoeiro, que lhe “fez muito mal” (II Tm 4.14).
6- O escritor da Carta aos Hebreus sente necessidade de apelar à consideração entre os irmãos no amor, e às boas obras (Hb 10.14).
7- João, na sua Terceira Carta, refere-se em tom de lamento a Diótrofes, que se servia de uma posição elevada para exercer uma influência maléfica entre os crentes (vv. 8,10).
É POSSÍVEL AMAR
Havia crentes na igreja primitiva que agiam com insinceridade, hipocrisia e maldade. Mas a ausência de amor por parte de alguns não impedia que muitos buscassem a vontade de Deus, e se esforçassem para a existência de um ambiente de amor e comunhão fraternal na igreja.
Por outro lado, o fato de muitos hoje não darem sua colaboração pessoal e espiritual, para que as igrejas se tornem comunidades de amor, não invalida nosso anseio e nosso esforço, nem significa que seja impossível o amor entre nós. O amor é possível. É possível amar.
Muita gente imagina o amor como um sentimento involuntário, fora de nosso controle pessoal. Para tal gente, o amor aparece ou desaparece, de maneira independente de nossa vontade. Alguns chegam a dizer: “Meu coração não pede para eu amar.” Acontece, porém, que Jesus mandou amar até os inimigos. E Ele deu tal mandamento porque é possível aprender a amar, é possível cultivar e desenvolver amor.
Jesus aponta a unidade dos crentes, unidade que se forma através do amor mútuo, como um sinal que corrobora a pregação do evangelho da graça (João 17.21,23).
O amor entre os crentes, o ambiente de legitima comunhão fraternal nas igrejas, uma identificação dos filhos de Deus nas alegrias e tristezas, nos sofrimentos e vitórias, uns dos outros em poderosa mensagem que os cristãos pregam ao mundo a respeito de Deus o Pai, e de seu Filho, Jesus Cristo.
Pr.Omar Bianchi



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Selo "S.O.S. Amor ao Próximo"

Este selo passará a ser o selo "oficial" dos blogs que administramos e será distribuído e retirado por todos aqueles que como diz o título têm “amor ao seu próximo” e não medem esforços para ajudá-los na difícil caminhada pela qual todos passamos, principalmente os de menores recursos nos dias que vivemos.
Para mim esse selo é mais que um símbolo e foi criado muito antes de existir internet e as possibilidades que temos hoje em dia, pois é a logomarca de um Grupo de Assistência que utilizamos durante muitos anos em um trabalho que realizávamos junto a Asilos, creches, orfanatos e famílias carentes e, apesar de não estar atualmente em atividade, ainda existe e nunca saiu de meu coração e quando o Senhor nos conceder novamente condições para retomá-lo o faremos com satisfação, pois está diretamente ligado ao meu chamado junto ao corpo de Cristo.
Por que esse saudosismo?
Amados, vivemos dias em que as pessoas de um modo geral não se importam a mínima com seus semelhantes.
Quando vêem uma pessoa pedindo ajuda nas ruas, dificilmente atendem ao apelo que lhe foi feito e justificando de muitas formas têm na ponta da língua os motivos por não fazê-lo: “Eu não dou dinheiro nas ruas porque:
a) Será usado para consumir drogas;
b) Será usado para consumir bebidas alcoólicas;
c) De nada adianta dar o peixe é necessário ensinar a pescar;
d) Com tanto emprego sobrando eles procuram os meios mais fáceis para conseguir o sustento.
e) Etc.
Dias desses estava em uma rua da cidade de São Paulo e vi uma moça com duas crianças pedindo ajuda para todos que encontrava. A Rua é a conhecida José Paulino, no bairro do Bom Retiro, que outrora fora reduto de judeus, mas que hoje mais parece o centro de uma cidade coreana.
Quem vai à Rua José Paulino vai com a intenção de comprar e comprar muito, pois os preços são excelentes e não poucas pessoas comprar os produtos e revendem em suas cidades.
Observei aquela moça pedindo sem obter êxito por um bom tempo, até que ela se chegou a mim e perguntando o que ela precisava, me disse que estava sem comer e que seus filhos estavam passando muito mal por isso. Era do interior de São Paulo e estava em tratamento médico em São Paulo e que apesar das tentativas de conseguir localizar a Igreja da qual fazia parte em sua cidade não havia conseguido.
Expliquei-lhe que iria com ela comprar os alimentos e entendemos que era melhor adquirir uma cesta básica e alguns complementos para que passasse pelo menos uma semana e assim teria ao menos forças para buscar ajuda, até que ela chegasse.
Se eu não tivesse perguntando o que ela preferia: uma refeição ou uma cesta para ela mesma preparar, dignamente a sua refeição, eu nunca saberia pó que poderia fazer para auxiliar.
Isso foi acaso? Eu não acredito e nunca acreditei em acasos. Acasos não existem principalmente em relação à necessidade de nossos semelhantes e até que me provem o contrário carregarei essa convicção em meu coração.
Um certo homem de Deus, costuma dizer aos seus alunos que eles devem ler a Palavra de Deus com “os olhos abertos” para poderem compreender não apenas o texto, mas o seu contexto de forma clara e límpida, para depois expressarem o seu conteúdo aos que os ouvem. Da mesma forma, nós que nos dizemos cristãos, devemos também andarmos e olharmos para nossos irmãos que passam por necessidades como cartas vivas que o Senhor colocou diante de nós e “lermos com os olhos abertos” a situação pela qual estão passando e assim, com um coração sincero e aberto para ajudar, o façamos desprendidamente, na certeza de que o mais próximo daquele irmão somos nós mesmos.
Lembremo-nos da parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37) e sigamos o seu exemplo.
A dor, a fome, o desespero, o sofrimento, o abandono, o desemprego, a violência, não pedem carteira de identidade nem filiação religiosa. Ela pode alcançar qualquer um de nós. Não esqueça isso, principalmente você que um dia foi alcançado pela graça redentora do Senhor Jesus.
Porque estou falando isso? Para me vangloriar? Podem ter certeza que não e quem me conhece sabe que não fico divulgando o que não passa de obrigação como se fosse alguma virtude.
Estou dizendo isso, porque é lugar comum no meio do “povo de Deus” que uma pessoa que entregou o seu coração a Jesus, NUNCA mendiga o pão, e isso veio provar que essa afirmação não é verdadeira, e já sabíamos disso há muito tempo, basta verifica a situação de tantos missionários e novos convertidos em países com perseguição religiosa ou em países africanos e constataremos que essa afirmação é equivocada.
E por que eu trouxe essa situação à baila?
Porque muitos estão buscando alcançar o céu na terra através das conquistas materiais que lhes são prometidas, não pela Palavra de Deus, mas por homens e mulheres que dizendo-se de Deus os estão enganando a todo momento, e não se importam de encher os bolsos desses falsos lideres religiosos com o dinheiro que poderiam e deveriam auxiliar ao seu próximo enquanto este está perecendo e padecendo de tantas necessidades, que os “espirituais” não conseguem enxergam, porque sendo tão “espirituais” estão com seus olhares sempre voltados para os céus e nunca para a terra, nunca para seus vizinhos, nunca para os seus irmãos que a exemplo dele, também foram criados à imagem e semelhança de Deus.
Esse selo está sendo distribuído para os blogs abaixo porque sei do compromisso que eles têm com a mensagem do mesmo, mas se você que está lendo os motivos pelos quais o estamos disponibilizando também crê no que dissemos e deseja levá-lo para o seu blog, basta seguir as regras abaixo.

Regras:
1. Você deve amar ao seu próximo como a si mesmo.
2. Você deverá assumir um compromisso de orar para que o Senhor lhe dê um coração sensível e visão como a das águias para enxergar as possibilidades de ajudar seu irmão necessitado.
3- Ore ao Senhor para que o formato físico de nosso país (um coração) possa refletir o sentimento de cada um de seus habitantes pelos seus semelhantes.
4- Ore ao Senhor para que o amor que está em seu coração seja espalhado por todos os recantos do planeta e que todos possamos nos amar, independentemente da fé que professamos.
5- Distribua-o a quem você desejar, não esquecendo de avisá-lo, mencionando apenas essas regras básicas e não precisa divulgar de onde ele se originou. Nosso desejo é propagar a necessidade do amor e não divulgar nosso espaço.

Se você está sujeito a seguir as regras meus parabéns, o selo “S.O.S.Amor ao Próximo” foi elaborado exclusivamente para você. Creia, você é um homem ou uma mulher segundo o coração de Deus.

Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos

"S.O.S. Amor ao próximo"


Este selo passará a ser o selo "oficial" dos blogs que administramos e será distribuído e retirado por todos aqueles que como diz o título têm “amor ao seu próximo” e não medem esforços para ajudá-los na difícil caminhada pela qual todos passamos, principalmente os de menores recursos nos dias que vivemos.
Para mim esse selo é mais que um símbolo e foi criado muito antes de existir internet e as possibilidades que temos hoje em dia, pois é a logomarca de um Grupo de Assistência que utilizamos durante muitos anos em um trabalho que realizávamos junto a Asilos, creches, orfanatos e famílias carentes e, apesar de não estar atualmente em atividade, ainda existe e nunca saiu de meu coração e quando o Senhor nos conceder novamente condições para retomá-lo o faremos com satisfação, pois está diretamente ligado ao meu chamado junto ao corpo de Cristo.
Por que esse saudosismo?
Amados, vivemos dias em que as pessoas de um modo geral não se importam a mínima com seus semelhantes.
Quando vêem uma pessoa pedindo ajuda nas ruas, dificilmente atendem ao apelo que lhe foi feito e justificando de muitas formas têm na ponta da língua os motivos por não fazê-lo: “Eu não dou dinheiro nas ruas porque:
a) Será usado para consumir drogas;
b) Será usado para consumir bebidas alcoólicas;
c) De nada adianta dar o peixe é necessário ensinar a pescar;
d) Com tanto emprego sobrando eles procuram os meios mais fáceis para conseguir o sustento.
e) Etc.
Dias desses estava em uma rua da cidade de São Paulo e vi uma moça com duas crianças pedindo ajuda para todos que encontrava. A Rua é a conhecida José Paulino, no bairro do Bom Retiro, que outrora fora reduto de judeus, mas que hoje mais parece o centro de uma cidade coreana.
Quem vai à Rua José Paulino vai com a intenção de comprar e comprar muito, pois os preços são excelentes e não poucas pessoas comprar os produtos e revendem em suas cidades.
Observei aquela moça pedindo sem obter êxito por um bom tempo, até que ela se chegou a mim e perguntando o que ela precisava, me disse que estava sem comer e que seus filhos estavam passando muito mal por isso. Era do interior de São Paulo e estava em tratamento médico em São Paulo e que apesar das tentativas de conseguir localizar a Igreja da qual fazia parte em sua cidade não havia conseguido.
Expliquei-lhe que iria com ela comprar os alimentos e entendemos que era melhor adquirir uma cesta básica e alguns complementos para que passasse pelo menos uma semana e assim teria ao menos forças para buscar ajuda, até que ela chegasse.
Se eu não tivesse perguntando o que ela preferia: uma refeição ou uma cesta para ela mesma preparar, dignamente a sua refeição, eu nunca saberia pó que poderia fazer para auxiliar.
Isso foi acaso? Eu não acredito e nunca acreditei em acasos. Acasos não existem principalmente em relação à necessidade de nossos semelhantes e até que me provem o contrário carregarei essa convicção em meu coração.
Um certo homem de Deus, costuma dizer aos seus alunos que eles devem ler a Palavra de Deus com “os olhos abertos” para poderem compreender não apenas o texto, mas o seu contexto de forma clara e límpida, para depois expressarem o seu conteúdo aos que os ouvem. Da mesma forma, nós que nos dizemos cristãos, devemos também andarmos e olharmos para nossos irmãos que passam por necessidades como cartas vivas que o Senhor colocou diante de nós e “lermos com os olhos abertos” a situação pela qual estão passando e assim, com um coração sincero e aberto para ajudar, o façamos desprendidamente, na certeza de que o mais próximo daquele irmão somos nós mesmos.
Lembremo-nos da parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37) e sigamos o seu exemplo.
A dor, a fome, o desespero, o sofrimento, o abandono, o desemprego, a violência, não pedem carteira de identidade nem filiação religiosa. Ela pode alcançar qualquer um de nós. Não esqueça isso, principalmente você que um dia foi alcançado pela graça redentora do Senhor Jesus.
Porque estou falando isso? Para me vangloriar? Podem ter certeza que não e quem me conhece sabe que não fico divulgando o que não passa de obrigação como se fosse alguma virtude.
Estou dizendo isso, porque é lugar comum no meio do “povo de Deus” que uma pessoa que entregou o seu coração a Jesus, NUNCA mendiga o pão, e isso veio provar que essa afirmação não é verdadeira, e já sabíamos disso há muito tempo, basta verifica a situação de tantos missionários e novos convertidos em países com perseguição religiosa ou em países africanos e constataremos que essa afirmação é equivocada.
E por que eu trouxe essa situação à baila?
Porque muitos estão buscando alcançar o céu na terra através das conquistas materiais que lhes são prometidas, não pela Palavra de Deus, mas por homens e mulheres que dizendo-se de Deus os estão enganando a todo momento, e não se importam de encher os bolsos desses falsos lideres religiosos com o dinheiro que poderiam e deveriam auxiliar ao seu próximo enquanto este está perecendo e padecendo de tantas necessidades, que os “espirituais” não conseguem enxergam, porque sendo tão “espirituais” estão com seus olhares sempre voltados para os céus e nunca para a terra, nunca para seus vizinhos, nunca para os seus irmãos que a exemplo dele, também foram criados à imagem e semelhança de Deus.
Esse selo está sendo distribuído para os blogs abaixo porque sei do compromisso que eles têm com a mensagem do mesmo, mas se você que está lendo os motivos pelos quais o estamos disponibilizando também crê no que dissemos e deseja levá-lo para o seu blog, basta seguir as regras abaixo.

Regras:
1. Você deve amar ao seu próximo como a si mesmo.
2. Você deverá assumir um compromisso de orar para que o Senhor lhe dê um coração sensível e visão como a das águias para enxergar as possibilidades de ajudar seu irmão necessitado.
3- Ore ao Senhor para que o formato físico de nosso país (um coração) possa refletir o sentimento de cada um de seus habitantes pelos seus semelhantes.
4- Ore ao Senhor para que o amor que está em seu coração seja espalhado por todos os recantos do planeta e que todos possamos nos amar, independentemente da fé que professamos.
5- Distribua-o a quem você desejar, não esquecendo de avisá-lo, mencionando apenas essas regras básicas e não precisa divulgar de onde ele se originou. Nosso desejo é propagar a necessidade do amor e não divulgar nosso espaço.

Se você está sujeito a seguir as regras meus parabéns, o selo “S.O.S.Amor ao Próximo” foi elaborado exclusivamente para você. Creia, você é um homem ou uma mulher segundo o coração de Deus.

Vou distribuir inicialmente para os amados abaixo porque merecem tê-lo em seus espaços se assim o desejarem.

1- Doutrina Cristã= http://cledio.blogspot.com/
2- Blog dos Últimos= http://blogdosultimos.blogspot.com/
3- Crianças no plano de Deus= http://criancasplanodedeus.blogspot.com/
4- Amigo de Cristo= http://amigodcristo.blogspot.com/
5- Ministério Beréia=http://ministeriobbereia.blogspot.com/
6- Um projeto do Coração de Deus= http://www.prnatanaelsp.com.br/
7- Louvor a Deus= http://jesuscristoemminhavida.blogspot.com/
8- Reflexões= http://predmilson.blogspot.com/
9- Servo de Deus= http://servosdeus.blogspot.com/
10- Caminho Plano= http://caminhoplano.blogspot.com/
11- Missão Pescar= http://missaopescar.blogspot.com/
12- Blog da Tânia Regina= http://taniacorreafernandes.blogspot.com/
13- Céu aberto= http://walkyria-suleiman.blogspot.com/
14- REMIR= http://remir-ibmluz.blogspot.com/
15) JR = http://jovensdoalem.blogspot.com/
16) Maria José= http://arcadoconhecimento.blogspot.com/
17) Simplesmente Maria= http://cinquentinhas.blogspot.com/
18) Obra das mãos de Deus= http://evycristina.blogspot.com/
19) Priscila= http://priscila-deusefiel.blogspot.com/
20) Tereza Ferraz= http://viajantesalados.blogspot.com/
21) Elzenir= http://releiturasdemundo.blogspot.com/
22) Adoradora de Deus= http://alzijesus-adoradoradedeus.blogspot.com/
23) Dinha= http://dinhajoseildablog.blogspot.com/
24) Fazendo o meu caminho= http://fazendomeucaminho.blogspot.com/


Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos

"S.O.S. Amor ao próximo"

Este selo passará a ser o selo "oficial" dos blogs que administramos e será distribuído e retirado por todos aqueles que como diz o título têm “amor ao seu próximo” e não medem esforços para ajudá-los na difícil caminhada pela qual todos passamos, principalmente os de menores recursos nos dias que vivemos.
Para mim esse selo é mais que um símbolo e foi criado muito antes de existir internet e as possibilidades que temos hoje em dia, pois é a logomarca de um Grupo de Assistência que utilizamos durante muitos anos em um trabalho que realizávamos junto a Asilos, creches, orfanatos e famílias carentes e, apesar de não estar atualmente em atividade, ainda existe e nunca saiu de meu coração e quando o Senhor nos conceder novamente condições para retomá-lo o faremos com satisfação, pois está diretamente ligado ao meu chamado junto ao corpo de Cristo.
Por que esse saudosismo?
Amados, vivemos dias em que as pessoas de um modo geral não se importam a mínima com seus semelhantes.
Quando vêem uma pessoa pedindo ajuda nas ruas, dificilmente atendem ao apelo que lhe foi feito e justificando de muitas formas e têm na ponta da língua os motivos por não fazê-lo: “Eu não dou dinheiro nas ruas porque:
a) Será usado para consumir drogas;
b) Será usado para consumir bebidas alcoólicas;
c) De nada adianta dar o peixe ,é necessário ensinar a pescar;
d) Com tanto emprego sobrando eles procuram os meios mais fáceis para conseguir o sustento.
e) Etc.
Dias desses estava em uma rua da cidade de São Paulo e vi uma moça com duas crianças pedindo ajuda para todos que encontrava. A Rua é a conhecida José Paulino, no bairro do Bom Retiro, que outrora fora reduto de judeus, mas que hoje mais parece o centro de uma cidade coreana.
Quem vai à Rua José Paulino vai com a intenção de comprar e comprar muito, pois os preços são excelentes e não poucas pessoas comprar os produtos e revendem em suas cidades.
Observei aquela moça pedindo sem obter êxito por um bom tempo, até que ela se chegou a mim e perguntando o que ela precisava, me disse que estava sem comer e que seus filhos estavam passando muito mal por isso. Era do interior de São Paulo e estava em tratamento médico em São Paulo e que apesar das tentativas de conseguir localizar a Igreja da qual fazia parte em sua cidade não havia conseguido.
Expliquei-lhe que iria com ela comprar os alimentos e entendemos que era melhor adquirir uma cesta básica e alguns complementos para que passasse pelo menos uma semana e assim teria ao menos forças para buscar ajuda, até que ela chegasse.
Se eu não tivesse perguntando o que ela preferia: uma refeição ou uma cesta para ela mesma preparar, dignamente a sua refeição, eu nunca saberia ó que poderia fazer para auxiliar.
Isso foi acaso? Eu não acredito e nunca acreditei em acasos. Acasos não existem principalmente em relação à necessidade de nossos semelhantes e até que me provem o contrário carregarei essa convicção em meu coração.
Um certo homem de Deus, costuma dizer aos seus alunos que eles devem ler a Palavra de Deus com “os olhos abertos” para poderem compreender não apenas o texto, mas o seu contexto de forma clara e límpida, para depois expressarem o seu conteúdo aos que os ouvem. Da mesma forma, nós que nos dizemos cristãos, devemos também olhar para nossos irmãos que passam por necessidades como cartas vivas que o Senhor colocou diante de nós e “lermos com os olhos abertos” a situação pela qual estão passando e assim, com um coração sincero e aberto para ajudar, o façamos desprendidamente, na certeza de que o mais próximo daquele irmão somos nós mesmos.
Lembremo-nos da parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37) e sigamos o seu exemplo.
A dor, a fome, o desespero, o sofrimento, o abandono, o desemprego, a violência, não pedem carteira de identidade nem filiação religiosa. Ela pode alcançar qualquer um de nós. Não esqueça isso, principalmente você que um dia foi alcançado pela graça redentora do Senhor Jesus.
Porque estou falando isso? Para me vangloriar? Podem ter certeza que não e quem me conhece sabe que não fico divulgando o que não passa de obrigação como se fosse alguma virtude.
Estou dizendo isso, porque é lugar comum no meio do “povo de Deus” que uma pessoa que entregou o seu coração a Jesus, NUNCA mendiga o pão, e isso veio provar que essa afirmação não é verdadeira, e já sabíamos disso há muito tempo, basta verifica a situação de tantos missionários e novos convertidos em países com perseguição religiosa ou em países africanos e constataremos que essa afirmação é equivocada.
E por que eu trouxe essa situação à baila?
Porque muitos estão buscando alcançar o céu na terra através das conquistas materiais que lhes são prometidas, não pela Palavra de Deus, mas por homens e mulheres que dizendo-se de Deus os estão enganando a todo momento, e não se importam de encher os bolsos desses falsos lideres religiosos com o dinheiro que poderiam e deveriam auxiliar ao seu próximo, enquanto este está perecendo e padecendo de tantas necessidades, que os “espirituais” não conseguem enxergam, porque sendo tão “espirituais” estão com seus olhares sempre voltados para os céus e nunca para a terra, nunca para seus vizinhos, nunca para os seus irmãos que a exemplo dele, também foram criados à imagem e semelhança de Deus.
Esse selo está sendo distribuído para os blogs abaixo porque sei do compromisso que eles têm com a mensagem do mesmo, mas se você que está lendo os motivos pelos quais o estamos disponibilizando também crê no que dissemos e deseja levá-lo para o seu blog, basta seguir as regras abaixo.

Regras:
1. Você deve amar ao seu próximo como a si mesmo.
2. Você deverá assumir um compromisso de orar para que o Senhor lhe dê um coração sensível e visão como a das águias para enxergar as possibilidades de ajudar seu irmão necessitado.
3- Ore ao Senhor para que o formato físico de nosso país (um coração) possa refletir o sentimento de cada um de seus habitantes pelos seus semelhantes.
4- Ore ao Senhor para que o amor que está em seu coração seja espalhado por todos os recantos do planeta e que todos possamos nos amar, independentemente da fé que professamos.
5- Distribua-o a quem você desejar, não esquecendo de avisá-lo, mencionando apenas essas regras básicas e não precisa divulgar de onde ele se originou. Nosso desejo é propagar a necessidade do amor e não divulgar nosso espaço.

Se você está sujeito a seguir as regras meus parabéns, o selo “S.O.S.Amor ao Próximo” foi elaborado exclusivamente para você. Creia, você é um homem ou uma mulher segundo o coração de Deus.

Vou distribuir inicialmente para os amados abaixo porque merecem tê-lo em seus espaços se assim o desejarem.

1- Doutrina Cristã= http://cledio.blogspot.com/
2- Blog dos Últimos= http://blogdosultimos.blogspot.com/
3- Crianças no plano de Deus= http://criancasplanodedeus.blogspot.com/
4- Amigo de Cristo= http://amigodcristo.blogspot.com/
5- Ministério Beréia=http://ministeriobbereia.blogspot.com/
6- Um projeto do Coração de Deus= http://www.prnatanaelsp.com.br/
7- Louvor a Deus= http://jesuscristoemminhavida.blogspot.com/
8- Reflexões= http://predmilson.blogspot.com/
9- Servo de Deus= http://servosdeus.blogspot.com/
10- Caminho Plano= http://caminhoplano.blogspot.com/
11- Missão Pescar= http://missaopescar.blogspot.com/
12- Blog da Tânia Regina= http://taniacorreafernandes.blogspot.com/
13- Céu aberto= http://walkyria-suleiman.blogspot.com/
14- REMIR= http://remir-ibmluz.blogspot.com/
15) JR = http://jovensdoalem.blogspot.com/
16) Maria José= http://arcadoconhecimento.blogspot.com/
17) Simplesmente Maria= http://cinquentinhas.blogspot.com/
18) Obra das mãos de Deus= http://evycristina.blogspot.com/
19) Priscila= http://priscila-deusefiel.blogspot.com/
20) Tereza Ferraz= http://viajantesalados.blogspot.com/
21) Elzenir= http://releiturasdemundo.blogspot.com/
22) Adoradora de Deus= http://alzijesus-adoradoradedeus.blogspot.com/
23) Dinha= http://dinhajoseildablog.blogspot.com/
24) Fazendo o meu caminho= http://fazendomeucaminho.blogspot.com/


Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Coisas que não valem a pena tentar

Esse é um ditado antigo e sábio: "Não gaste tudo o que você tem, não acredite em tudo que ouve e não faça tudo o que pode." Há tanto trabalho a fazer que precisa de nossas mãos que é uma pena desperdiçar um grão de nossa força. Quando o jogo não vale a pena, abandone-o logo. É perda de tempo procurar água em uma fonte seca, ou sangue em um nabo, ou sentido em um tolo. Nunca peça dinheiro a um homem avarento até ter conseguido cozinhar uma pedra. Não processe um devedor que não tenha um centavo para abençoá-lo, você apenas joga dinheiro fora, isso é o mesmo que perder o furão sem caçar o coelho. Nunca ofereça um espelho a um homem cego; se um homem é tão orgulhoso a ponto de não ver suas imperfeições, ele apenas discutirá com você a fim de apontá-las fora dele mesmo. Não adianta segurar uma lanterna para uma toupeira ou falar sobre o paraíso para um homem que não liga para nada a não ser o seu dinheiro. Há um momento certo para tudo, e é uma tolice pregar para homens bêbedos, é o mesmo que jogar pérolas aos porcos. Faça-os ficarem sóbrios e, depois, converse sério com eles; se você os repreende enquanto estão bêbedos, age como se você mesmo estivesse bêbedo.
Não coloque um gato na boléia ou homens em lugares que não foram feitos para eles. Não há como transformar maçãs em ameixas. É uma pena transformar um macaco em um ministro ou uma empregada, em uma senhora. Muitos pregadores são bons alfaiates frustrados ou ótimos sapateiros que não seguiram seu chamado. Quando Deus determina que uma criatura voe, ele lhe dá asas; e quando pretende que homens preguem, dá-lhes habilidade para isso. É uma pena empurrar um homem para a guerra, se ele não sabe lutar. E é melhor desencorajar a escalada de um homem, do que ajudá-lo a quebrar o pescoço. Bolsas de seda não são feitas de orelhas de porco, e os porcos jamais tocarão bem flautas, por mais que os ensine a fazer isso.
Não é sábio almejar o impossível – é um desperdício de pólvora atirar no homem na lua. Fazer reuniões para corrigir alguém é um método muito sensato, se comparado ao que almejam alguns amigos meus, de Londres, que tentam conseguir dinheiro comprando quotas em empresas; seria mais rápido agarrar o vento com uma rede ou carregar água em uma peneira. Fazer bolhas é uma ótima diversão para meninos, mas empresas de bolhas são ferramentas afiadas com as quais ninguém deveria brincar. Se meu amigo tem um dinheiro que ele está em condição de perder, ainda assim não há razão para que ele o dê para um grupo de velhacos. Se eu quisesse me livrar da minha perna não procuraria um tubarão para devorá-la. Antes dar seu dinheiro aos tolos que deixar os embusteiros bajularem você por isso. Não vale a pena fazer coisas desnecessárias. Nunca use gordura em uma porca gorda ou elogie um homem orgulhoso. Não faça roupas para peixes ou capas para altares. Não pinte lírios ou enfeite o evangelho. Nunca enfaixe a cabeça de um homem antes de estar quebrada ou conforte uma consciência que não se confessou. Nunca levante uma vela para o sol ou tente provar uma coisa de que ninguém duvida. Eu não aconselho ninguém a tentar uma coisa que vale menos do que custa. Você pode aromatizar um chiqueiro com lavanda, e um homem com um péssimo estilo de vida pode mostrar um bom caráter com demonstração externa de religião, mas com o tempo, ele se torna um caso perdido. Se nossa nação fosse sensível varreria um bom bocado de gente gastadora, mas inútil, que toma o malte que tem na casa construída pelo Jack, essa gente vive do estado, mas presta pouco serviço a ele. Pagar alguns reais a um homem para ganhar um centavo é muito mais inteligente do que manter bispos que se reúnem apenas para contar os pontos feitos e conversar sobre o melhor modo de não fazer nada. Se o velho cão do meu mestre fosse tão dorminhoco como os bispos, ele seria morto porque não valeria o custo da manutenção. De qualquer modo, o tempo de prestação de contas se aproxima tão certo como a proximidade do Natal.
Há muito tempo, a experiência ensinou-me a não discutir com ninguém sobre gostos e caprichos; alguém também pode questionar o que você consegue ver no fogo. Que utilidade teríamos se arássemos o ar ou tentássemos convencer alguém, independentemente das conseqüências finais? Não adianta tentar encerrar uma discussão ficando com raiva; isso é quase a mesma coisa que despejar óleo no fogo para apagá-lo ou soprar as brasas com o fole para acabar com elas. Algumas pessoas gostam de confusão – não invejo a escolha, eu prefiro caminhar dez quilômetros para sair de uma que andar meio metro para entrar nela. Com freqüência, tentam me induzir a ser corajoso e agarrar o touro pelos chifres, mas como eu penso que a diversão é mais agradável que proveitosa e que devo deixá-la para os que já estão tão arrebentados que nem mesmo chifrada seria capaz de estragar a cabeça deles. Salomão diz: "Resolva a questão antes que surja a contenda", o que é quase a mesma coisa que dizer: "Desista antes de começar". Quando você encontrar um cachorro louco não discuta com ele, a não ser que tenha certeza de estar certo. Em vez disso, desvie do caminho dele, se ninguém o chamar de covarde, você não precisará chamá-lo de tolo — todo mundo sabe disso. O envolvimento em disputas não leva a nada, "não toque em casa de marimbondos" e não derrube as casas velhas sobre sua cabeça. Tenham certeza, os que se envolvem em brigas ferem o próprio caráter; se você escova os porcos de outras pessoas, logo você precisa esfregar a si mesmo. É o cúmulo da tolice se intrometer entre um homem e sua esposa, pois eles, com certeza, deixam de brigar um com o outro e transferem toda sua força contra você —, e ela também lhe serviria bem. Você só pode culpar a si mesmo se colocar sua colher na sopa dos outros, e ela o queimar você.
Outra coisa, não tente fazer uma mulher de caráter forte ceder, mas lembre-se:Se ela quer, ela quer, Pode acreditar nisso. Se ela não quer, não quer, E pronto.

Outro dia, recortei um artigo de um jornal dos Estados Unidos que será meu encerramento:
Seque o Mississipi usando uma colher de sopa, torça seu calcanhar na biqueira de sua bota, faça os anzóis subirem com os balões e pesque estrelas, cavalgue em uma teia de aranha e cace um cometa; lembre-se de onde deixou seu guarda chuva quando cair uma tempestade como as cataratas do Niágara, sufoque uma pulga com um pedaço de tijolo! Em poucas palavras, experimente tudo até agora considerado impossível de acontecer, mas nunca tente persuadir uma mulher a mudar de idéia quando ela já decidiu o que quer.


(Texto extraído do Livro : “Sabedoria Bíblica- Conselhos simples para pessoas simples” – Charles H.Spurgeon – Ed.Shedd Publicações-2006-)

O Que Significa Aceitar Cristo


Poucas coisas, felizmente poucas, são assuntos de vida e morte, tal como uma bússola para uma viagem marítima ou um guia para uma viagem através do deserto. Ignorar coisas assim vitais não é só lançar sortes ou correr um risco, mas puro suicídio; ou seja, estar certo ou estar morto.
Nosso relacionamento com Cristo é uma questão de vida ou morte, e num plano muito superior. O homem que conhece a Bíblia sabe que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e que os homens são salvos apenas por ele sem qualquer influência por parte de quaisquer obras meritórias deles.
Tal coisa é verdadeira e sabida, mas a morte e ressurreição de Cristo evidentemente não salvam todos de maneira automática. Como o indivíduo entra numa relação salvadora com Cristo? Sabemos que alguns fazem isso, mas é óbvio que outros não alcançam esse plano. Como é coberto o abismo entre a redenção provida objetivamente e a salvação recebida subjetivamente? Como o que Cristo fez por mim opera com meu interior? Para a pergunta: "O que devo fazer para ser salvo?" devemos aprender a resposta correta. Falhar neste ponto não envolve apenas arriscar nossas almas, mas garantir o exílio eterno da face de Deus. É aqui que devemos estar certos ou per­der-nos para sempre.
Os cristãos '"evangelicais" fornecem três respostas a esta pergunta ansiosa: "Creia no Senhor Jesus Cristo", "Receba Cristo como seu Salvador pessoal" e "Aceite Cristo". Duas delas são extraídas quase literalmente das Escrituras (At 16:31; Jo 1:12), enquanto a terceira é uma espécie de paráfrase, resumindo as outras duas. Não se trata então de três, mas de uma só.
Por sermos espiritualmente preguiçosos, tendemos a gravitar na direção mais fácil a fim de esclarecer nossas questões religiosas, tanto para nós mesmos como para outros; assim sendo, a fórmula "Aceite Cristo" tornou-se uma panacéia de aplicação universal, e acredito que tem sido fatal para muitos. Embora um penitente oca­sional responsável possa encontrar nela toda a instrução de que precisa para ter um contato vivo com Cristo, temo que muitos façam uso dela como um atalho para a Terra Prometida, apenas para descobrir que ela os levou em vez disso a "uma terra de escuridão, tão negra quanto as próprias trevas; e da sombra da morte, sem qualquer ordem, e onde a luz é como a treva".
A dificuldade está em que a atitude "Aceite Cristo" está prova­velmente errada. Ela mostra Cristo suplicando a nós, em lugar de nós a Ele. Ela faz com que fique de pé, como chapéu na mão. aguardando o nosso veredicto a respeito dEle, em vez de nos ajoe­lharmos com os corações contritos esperando que Ele nos julgue. Ela pode até permitir que aceitemos Cristo mediante um impulso mental ou emocional, sem qualquer dor, sem prejuízo de nosso ego e nenhuma inconveniência ao nosso estilo de vida normal.
Para esta maneira ineficaz de tratar de um assunto vital, pode­mos imaginar alguns paralelos; como se, por exemplo, Israel tivesse "aceito" no Egito o sangue da Páscoa, mas continuasse vivendo em cativeiro, ou o filho pródigo "aceitasse" o perdão do pai e continuasse entre os porcos no país distante. Não fica claro que se aceitar Cristo deve significar algo, é preciso que haja uma ação moral em harmonia com essa atitude?
Ao permitir que a expressão "Aceite Cristo" represente um esforço sincero para dizer em poucas palavras o que não poderia ser dito tão bem de outra forma, vejamos então o que queremos ou devemos indicar ao fazer uso dessa frase.
Aceitar Cristo é dar ensejo a uma ligeira ligação com a Pessoa de nosso Senhor Jesus absolutamente única na experiência humana. Essa ligação é intelectual, volitiva e emocional. O crente acha-se intelectualmente convencido de que Jesus é tanto Senhor como Cristo; ele decidiu segui-lo a qualquer custo e seu coração logo está gozando da singular doçura de sua companhia.
Esta ligação é total, no sentido de que aceita alegremente Cristo por tudo que Ele é. Não existe qualquer divisão covarde de posições, reconhecendo-o como Salvador hoje e aguardando até amanhã para decidir quanto à sua soberania, O verdadeiro crente confessa Cristo como o seu Tudo em Todos sem reservas. Ele inclui tudo de si mesmo, sem que qualquer parte de seu ser fique insensível diante da transação revolucionária.
Além disso, sua ligação com Cristo é toda-exclusiva. O Senhor torna-se para ele a atração única e exclusiva para sempre, e não apenas um entre vários interesses rivais. Ele segue a órbita de Cristo como a Terra a do Sol, mantido em servidão pelo magnetismo do seu afeto, extraindo dEle toda a sua vida, luz e calor. Nesta feliz condição são-lhe concedidos novos interesses, mas todos eles deter­minados pela sua relação com o Senhor.
O fato de aceitarmos Cristo desta maneira todo-inclusiva e todo-exclusiva é um imperativo divino. A fé salta para Deus neste ponto mediante a Pessoa e a obra de Cristo, mas jamais separa a obra da Pessoa. Ele crê no Senhor Jesus Cristo, o Cristo abrangente, sem modificação ou reserva, e recebe e goza assim tudo o que Ele fez na sua obra de redenção, tudo o que está fazendo agora no céu a favor dos seus, e tudo o que opera neles e através deles.
Aceitar Cristo é conhecer o significado das palavras: "pois, segundo ele é, nós somos neste mundo" (1 João 4:17). Nós aceitamos os amigos dele como nossos, seus inimigos como inimigos nossos, seus caminhos como os nossos, sua rejeição como a nossa rejeição, sua cruz como a nossa cruz, sua vida como a nossa vida e seu futuro como o nosso.
Se é isto que queremos dizer quando aconselhamos alguém a aceitar Cristo, será melhor explicar isso a ele, pois é possível que se envolva em profundas dificuldades espirituais caso não expla­narmos o assunto.

(Grifos nossos- Texto extraido do Livro “O melhor de A.W.Tozer (1897-1963) Ed.Estação do Livro)




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