NÃO ME SINTO UM PERDIDO!
Frequentemente
ouvimos por parte das pessoas que ainda não entregaram suas vidas a Jesus, que
elas “não precisam se “converter a
Jesus” para alcançarem a Salvação de suas almas”, ou ainda: “sou ainda
muito novo para me preocupar com essas coisas, preciso aproveitar a minha vida”. Para outros a resposta clássica para
fugir da conversa é dizer que “futebol
e religião não se discutem”, mas há algum tempo recebi uma resposta
diferente e que me levou a refletir nessa nova abordagem/desculpa. Ela
veio através de um comentário deixado em uma das postagens desse blog: “Procurando os Perdidos” que disse: “Amigo
eu não me sinto um perdido!”.
Interessante
notar que esse pensamento permeia a mente da maioria das pessoas que relutam em
aceitar a mensagem redentora do Evangelho na pessoa de Jesus Cristo.
Esse
sentimento de autossuficiência faz parte do inconsciente coletivo para muitas
pessoas, e pelos mais variados motivos – que para elas parecem irrefutáveis – toda
vez que se tenta estabelecer um diálogo ele acaba sendo truncado, obstruído
pelo sentimento de que as coisas de Deus são de foro íntimo e não devem ser
impostas a outrem.
Concordamos
em gênero, número e grau e como dizia um
querido mestre “ipsires literis, in totum, in locum”, com os que pensam que
as coisas de Deus não devem ser impostas, pois cremos que as coisas de Deus
devem ser vividas e é por essa razão que defendemos o direito das pessoas que
pensam de forma diferente expressarem seus pensamentos e sentimentos em relação
à Bíblia e seus ensinamentos.
Mas
o fato de respeitarmos o direito que cada um tem de pensar de forma contrária à
Palavra de Deus não pode ser usado por nós como um pretexto para não
declararmos aquilo que entendemos ser o plano de Deus para a vida de todo ser
humano: a Salvação através de Jesus Cristo, Único mediador entre Deus e os
homens, conforme Jesus mesmo nos colocou e que foi amplamente ensinado
pelos apóstolos e pelos homens de Deus que decidiram andar segundo esses
preceitos, abandonando muitas vezes tudo o que possuíam de bens materiais para
saírem pelos mais longínquos rincões desse planeta pregando e vivendo as boas
novas e a Salvação em Jesus Cristo, simplesmente por amarem as almas perdidas
como o próprio Senhor Jesus nos ensinou que deveríamos fazer.
O
diabo, inimigo de nossas almas, procura sempre colocar no coração do homem,
dois sentimentos que visam impedi-lo de ouvir a mensagem divina e crer que ela
é balsamo e refrigério para suas almas cansadas e aflitas:
1) Coloca no
coração do homem que ele é tão bom, cumpridor de seus deveres sociais e
familiares, que não necessita de salvação, ou
2) Que o homem
é tão pecador e desprezível que Deus nunca o perdoaria.
E a esses dois grupos
podemos acrescentar agora os que “não se sentem perdidos”.
Talvez
esse seja a mais delicada entre as três situações apontadas, pois aos que se
sentem bons demais para necessitarem da salvação ou para o pior dos pecadores
sempre se encontra com mais facilidade uma oportunidade para demonstrar o
grande amor de Deus.
Para os que se sentem
bons demais, podemos conscientizá-los de que estão mais próximos
de alcançarem o ápice de seus objetivos, faltando apenas entregarem suas vidas
a Jesus, assim como Jesus disse àquele jovem rico no evangelho de Marcos:
“E, pondo-se
Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se,
perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe
Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus. Sabes os
mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso
testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe. Então, ele
respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude. E Jesus,
fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens,
dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém,
contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas
propriedades. Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão
dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Os discípulos
estranharam estas palavras; mas Jesus insistiu em dizer-lhes: Filhos, quão
difícil é para os que confiam nas
riquezas entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo
fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Eles ficaram
sobremodo maravilhados, dizendo entre si: Então, quem pode ser salvo? Jesus,
porém, fitando neles o olhar, disse: Para os homens é impossível; contudo, não
para Deus, porque para Deus tudo é possível. Então, Pedro começou a dizer-lhe:
Eis que nós tudo deixamos e te seguimos. Tornou Jesus: Em verdade vos digo que
ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou
filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já
no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com
perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna. Porém muitos primeiros serão
últimos; e os últimos, primeiros.” (Marcos 10.17-31).
Para os que
se sentem as piores criaturas do mundo e que não apenas não merecem, mas que Deus nunca lhes concederia
sequer um minuto de atenção, podemos demonstrar o infinito amor de Deus, que
por tanto amar ao mundo enviou seu Único Filho para que morresse em uma Cruz
para que os pecados de toda a humanidade (Jo 3.16) fossem perdoados através
desse grandioso gesto, e podemos apresentar duas situações que poderiam
perfeitamente provar a importância que eles têm para Deus, como por exemplo o Ladrão da Cruz (Lc 23.38-42) que não precisou sequer
caminhar com Jesus para alcançar a Salvação ou ainda a mulher apanhada em adultério e que estava prestes a ser apedrejada (Jo
8.3-11).
“Também
sobre ele estava esta epígrafe em
letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS. Um dos
malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo?
Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro,
repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?
Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem;
mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres
no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo
no paraíso.” ( Lucas 23.38-43)
“De
madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e,
assentado, os ensinava.Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma
mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos,
disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na
lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?
Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus,
inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta,
Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o
primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever
no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência,
foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos,
ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo
a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus
acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe
disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. De novo, lhes
falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas
trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” (João 8.2-12)
Mas aquele
que não se considera perdido acaba colocando uma barreira que muitas vezes se mostra
intransponível, mas quando temos a consciência de que quem convence o homem do
pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8) não somos nós, mas o Espírito Santo, e
que nós apenas lançamos a semente na certeza de que há seu tempo o Senhor
honrará a Sua Palavra que foi semeada.
Talvez a pessoa que assim se considera
entende que o fato de levar uma vida serena e praticar boas ações a torne
isenta ou até mesmo imune às investidas do Inimigo, mas essa é apenas mais uma
de suas armadilhas, de suas ciladas que visam impedir que essa vida seja
alcançada pelo poder transformador do Evangelho.
A Palavra
nos ensina e adverte que: “Portanto, assim como por
um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei
havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.
Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não
pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que
havia de vir. Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se,
pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela
graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. O dom,
entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento
derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas
ofensas, para a justificação. Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou
a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça
reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Pois assim como, por
uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim
também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a
justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem,
muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só,
muitos se tornarão justos. Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas
onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou
pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna,
mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 5.12-21)
Quem sabe, você que está lendo essa reflexão
enquadre-se em um desses três grupos e ainda não parou para refletir seriamente
sobre a necessidade que todos nós temos como pecadores,como nos mostrou o
apóstolo Paulo no texto de Romanos acima, de entregarmos nossas vidas a Jesus
Cristo para alcançarmos a remissão de nossos pecados e o direito de habitarmos
com Ele por toda a eternidade.
A nossa vida nesse mundo é passageira e como
vimos, é única, não haverá uma nova oportunidade, sendo assim devemos
aproveitar a oportunidade dada por Deus para que possamos restabelecer a
comunhão que havia entre o homem e Deus antes que o pecado se instalasse no
coração dos seres humanos.
Deus está sempre com os braços abertos
aguardando a oportunidade de selar essa comunhão entre Ele e o homem redimido. E quem é esse homem redimido? É aquele
que entregou a sua vida nas mãos de Deus, aceitando que a Cruz de Cristo foi
para remissão dos pecados de todos nós, indistintamente, compreendendo que não
basta apenas ser bondoso e cumpridor de seus deveres sociais e familiares, ou
aquele que se julga um mau caráter irreconciliável ou ainda e principalmente
aquele que não se sente perdido.
Sempre há
uma porta para o arrependimento sincero, não importando a gravidade do pecado
cometido.
Se você que
está lendo essa reflexão se identificou com as palavras que o Senhor colocou em
nosso coração e ainda não entregou a sua vida nas mãos de Jesus eu quero lhe
fazer um convite.
Entregue o seu coração e a
sua vida a Jesus e deixe que ele cuide de você e dirija seus passos. Ele te
mostrará o quanto você é importante e revelará todo o amor que deseja derramar
sobre a sua vida.
Confie nEle. Ele é Fiel
para cumprir a Sua Palavra. Nele podemos confiar sempre, pois Ele se entregou
para morrer naquela cruz pelos nossos pecados, para que você e eu tivéssemos,
ao reconhecer nesse ato de tão grande amor, a oportunidade de vermos os nossos
pecados perdoados e o direito de vivemos em intimidade eterna em Sua companhia.
Faça essa oração comigo e creia que Ele cuidará de você e dos seus.
Senhor Jesus, eu creio de todo o meu coração, que és o Filho de
Deus, que veio a esse mundo e foi morto na Cruz do Calvário para resgatar os
meus pecados. Eu reconheço que sou pecador e peço perdão a Ti pelos meus
pecados. Senhor Jesus eu O reconheço como meu Salvador pessoal e quero morar
nos céus com o Senhor. Toma conta de mim, dirige os meus passos e me batiza com
o Espírito Santo para que eu possa testemunhar desse teu amor por mim. Eu te
agradeço por me receber e me dar o direito de ser chamado filho de Deus. Amém
Se você fez essa oração eu
o convido a procurar uma Igreja Evangélica e começar a conhecer o que Deus tem
para você. Estude sempre a Palavra de Deus, a Bíblia. Nela você encontrará tudo
o que necessita para ter uma vida vitoriosa com Cristo.
Que Deus o abençoe
ricamente.
Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos