SINCRETISMO
EVANGÉLICO?!
O
mundo precisa de Cristo. Quem se importa com as almas perdidas?
Hoje em dia ouvimos muitas mensagens nas rádios, na TV,
na Internet e nos púlpitos de nossas igrejas e em muitas delas o que ouvimos
chega a ser degradante (para usarmos uma palavra menos grosseira). Presenciamos
isso com muita clareza em 2018 no período que antecedeu às últimas eleições em
nosso país.
Multiplicaram-se
informações desencontradas transmitidas pelas diversas mídias eletrônicas – as
chamadas Fake News – e muitas vezes,
se não tomássemos o devido cuidado, acabaríamos divulgando informações
inverídicas.
Conheço pessoas que se
indispuseram com amigos e familiares simplesmente por não concordarem com as
ideias dos adversários políticos de seu candidato. Infelizmente, isso acabou ocorrendo
comigo quando, quebrando uma de minhas regras neste quesito, decidi tecer alguns
comentários em uma de minhas redes sociais sobre a liberação de um condenado e
o comportamento inercial do atual presidente da República Federativa do Brasil
ao qual elegemos simplesmente para impedir que o partido do condenado voltasse
ao poder.
Não são poucas as mensagens
que recebo com denúncias sobre políticos, pastores e igrejas. Tenho adotado o
seguinte procedimento (não digo que seja o mais apropriado, apenas é o que normalmente
utilizo): tomo conhecimento e me reservo o direito de não repassar as
informações recebidas. Penso que agindo assim acabo evitando dissabores
maiores, como o ocorrido recentemente ou de ficar me retratando ou acusando
indevidamente pessoas ou instituições que seriam inocentes, pelo menos nos
casos mencionados.
Podem
me acusar de omisso nessa questão. Eu não me importo. Vivemos em um país democrático e com liberdade
de expressão e pensamento. Aos que pensarem assim a meu respeito, peço suas
orações em meu favor.
Às
vezes recebo uma mensagem altamente espiritual pela manhã e no mesmo dia, o
mesmo contato me envia outro com denúncias sobre partidos políticos e seus
membros; links para um vídeo de acidente automobilístico, da morte de um
marginal ou de alguma vítima de balas perdidas..., e coisas assim. Ao final do dia, depois de receber
mensagens tão variadas, não sei bem se o meu contato é “tão” espiritual ou
“tão” mundano: “tão” ligado nas coisas do Espírito ou “tão” ligado com as
questões físicas, materiais ou sociopolíticas que fazem parte do nosso dia a
dia.
Creio
que devemos denunciar os abusos. Não critico quem age assim, apenas prefiro não
me envolver nessas questões que, no meu caso especifico não me edificam em nada
e nem ajudam a me tornar um cristão melhor.
As
falcatruas, omissões e irresponsabilidades governamentais existem, sempre
existiram e vão continuar existindo, e todos sabem disso e não venham tentar me
dizer que o melhor é votar em nossos “irmãos” evangélicos, pois sendo
“tementes” a Deus eles farão o melhor possível pelo povo de Deus e pela causa
do Evangelho.
Nem
vou entrar no mérito dessa questão. Basta verificar a medíocre atuação de
nossos “irmãos” na política nacional e constatar que na sua grande maioria eles
também são, desculpe a expressão, “farinha do mesmo saco” que os corruptos que estão
nos gabinetes de todas as esferas governamentais, participando dos mesmos
golpes financeiros e manipulações que é melhor nem comentar.
Para
muitos, o pastoreio das igrejas locais não representa mais o chamado de Deus
para suas vidas, agora eles precisam demonstrar os seus “talentos” em cargos
eletivos. E temos até “apóstolos” que se candidatam. Isso é uma vergonha para aqueles
que dizem ter tido um chamado real de Deus para o ministério pastoral. Pobres
ovelhas que são conduzidas por esses “homens de Deus”, pois eles apenas apascentam-se
a si mesmos e a seus familiares.
Preocupa-me
ver que, atualmente, uma grande parcela do povo de Deus está mais preocupada
com as ruas de ouro prometidas no Livro do Apocalipse, do que alcançar vidas
para Jesus, mas ainda prefiro a minha parte em vidas alcançadas para o Senhor.
De que nos adianta andar em ruas de ouro se não tivermos quem nos acompanhe?
Mas
apesar de crer dessa maneira, busco alertar a todos no tocante a terem uma vida
integra e temente ao Senhor, como se o dia do Seu retorno fosse hoje.
Sei
que não sou o único a pensar dessa maneira. Seria muita pretensão pensar assim.
Assim como muitos que não se dobraram diante de “Baal” nos tempos do Profeta
Elias, temos hoje em dia muitos irmãos e irmãs que não se dobram diante das
dificuldades e perigos e procuram cumprir o IDE de Jesus (Mc 16.15) até mesmo
com o preço da própria vida.
Assim
como eles, meu coração também sangra, e muito, pelas almas perdidas, não apenas
por aquelas que se encontram em lugares onde há perseguição declarada aos
cristãos, mas choro também e principalmente pelos que moram à nossa volta, na
nossa “Jerusalém”.
Você
deve estar se perguntando: “Mas o que essa introdução tem a ver com “Sincretismo
Evangélico”?”.
Tudo
eu repondo! Muitos estão seguindo diretamente para o Inferno sem que ouçam uma
única palavra que os alerte acerca da necessidade da Salvação em Jesus Cristo. Quando
ouvem, ela se direciona apenas às conquistas financeiras, a restauração da
saúde ou até mesmo ao retorno de algum amor que se foi e agora se encontra em
outros braços; disse conquistas porque aquilo que eles (esses pregadores e seus seguidores) chamam de bênçãos, podem muitas
vezes não passar de pratos de lentilhas oferecidos pelo Inimigo aos que se
deleitam nesses prazeres, pois estão sempre envoltas na necessidade da troca
financeira. A “bênção” está diretamente ligada à quantidade de “ofertas
voluntárias” concedidas. O Senhor os julgue na medida de seus “méritos”.
Para
alcançarem seus escusos interesses, esses líderes são capazes de praticar um
verdadeiro sincretismo religioso que em nosso caso podemos chamar de “sincretismo evangélico”. Vendem o que
podem e praticam o que podemos chamar com tristeza no coração, de “boacumba”, pois trouxeram para dentro
de nossas igrejas práticas que eram apresentadas apenas nos terreiros de
umbanda dentre outras seitas anímicas que pululam pelos quatro cantos do
Brasil.
Ao
longo da maior parte do Antigo Testamento vemos que práticas pagãs eram comuns
no meio do povo de Deus e foi esse o principal motivo dos juízos divinos contra
Israel e contra Judá. Ao lermos, principalmente os profetas menores: Oseias,
Joel, Amós, entre outros – não apenas eles – fica evidente essa situação. Para
eles, essas práticas ficam ainda mais claras, pois a rebeldia dos judeus em
relação à Palavra de Deus e o prazer com que adoravam outros deuses e se
entregavam a eles, mesmo diante dos alertas divinos era impressionante.
Infelizmente,
em nossos dias estamos vivendo algo parecido e com um agravante: para o povo da
Antiga Aliança as manifestações do Messias eram apenas sombras do que viria
acontecer quando ele se revelasse, ao passo que na Nova Aliança sabemos
perfeitamente como Jesus veio a esse mundo para salvá-lo e como deixou expresso
em Sua Palavra o que de fato acontecerá quando voltar para levar (resgatar) o
Seu povo, para com Ele viver eternamente.
A
Palavra de Deus nos diz que “o mundo jaz no maligno” (I Jo 5.19) e vemos o
espelho disso em nosso país. Quer saber
quando isso acontece?
1) Quando a apresentação de um filme – “Nosso Lar” – mostrando uma falsa
realidade do mundo espiritual alcançou recordes de bilheteria e de arrecadação,
sendo visto por mais de 1 milhão de espectadores em apenas cinco dias de
apresentação e foi até cogitada a possibilidade de apresentá-lo como o
representante do cinema nacional para concorrer ao Oscar daquele ano;
2) Quando pseudos pastores se arvoram no
direito de serem chamados “apóstolos” e mobilizam multidões sem fim para suas
marchas que buscam elevar o próprio ego;
3) Quando
pseudos missionários levantam impérios e fortunas incalculáveis sem manter um
único missionário que seja e em cujas igrejas a palavra evangelismo é coisa
ultrapassada, faz parte de um vocabulário esquecido; o que importa de fato é
distribuir seus carnês de associados que visam financiar os programas
“evangelísticos” na TV, e é claro, os carros de luxo e os aviõezinhos
particulares que os ajudam na melhor ”propagação” do Reino de Deus;
4) Quando pseudos homens de Deus buscam
construir templos suntuosos que fariam o Templo construído pelo rei Salomão
ficar parecido com as barracas de lona que os verdadeiros evangelistas
norte-americanos montavam há 50, 60 anos atrás em nossas praças públicas
pregando única e exclusivamente a mensagem de Salvação que há em Jesus Cristo.
5) Quando um pseudo homem de Deus (sem
entrarmos em maiores detalhes sobre a construção da réplica do Templo de
Salomão e dos filmes sobre a vida do líder “espiritual” dessa entidade
religiosa que só é aceita como evangélica por algumas denominações e lideranças
evangélicas por ter entre os seus “fundamentos” que a Bíblia é sua regra de fé
e de prática) ilude seus fieis com falsas promessas de prosperidade caso passem
pelos seus “vales de sal”, comprem suas “águas do rio Jordão” e agora artigos
judaicos ligados ao “templo”, como se fossem práticas bíblicas. Na verdade, faz
do sincretismo religioso (evangélico) a sua maior propaganda. Não bastasse toda
essa distorção intencional da Palavra de Deus ainda tem ao lado desta aberração
arquitetônica, uma loja para vender seus souveniers: menorás, talit (chalé de
oração judaico), mezuzás, etc., semelhantemente às Igrejas Católicas com seus
santinhos e imagens.
6) Quando o liberalismo vem tomando
conta de muitas igrejas, antes compromissadas com a Palavra de Deus e hoje,
reféns das novidades de alguns líderes que desejam transformar essas igrejas em
extensão dos locais mundanos que frequentavam ou continuam frequentando,
alegando, que assim agem para alcançar as almas, mas na verdade não passam de
mentirosos como os descritos ao longo de toda a Bíblia, pois tratam as coisas
de Deus como se fossem mundanas e as coisas espirituais como se nada fossem. Isso
sem falarmos nos dons espirituais garantidos aos crentes, que para esses
adeptos do liberalismo teológico não passam de emocionalismo barato, aceitos
apenas para os incultos que não “conhecem” a Bíblia como eles.
O mundo não precisa de sincretismo evangélico, contemplação de suntuosas construções ou satisfazer
a vaidade dos líderes evangélicos atuais.
O que o mundo de fato
precisa é da salvação que há somente em Cristo Jesus.
Não
importa que as Escrituras nos digam que as coisas irão piorar e que a maioria
dos homens irá para o Inferno. Aos que amam a Verdade que há em Cristo Jesus
essas coisas não importam. O que importa são as almas que conseguimos tirar das
garras do diabo. Dia após dia devemos
“saquear” a antessala do Inferno que se chama planeta terra, tirando das
mãos do Inimigo quantas almas conseguirmos.
Em
minha pobre opinião, essa é a atitude de todo cristão autêntico, o que passa
disso, desculpe o linguajar, é conversa fiada, conversa “para boi dormir”.
Vivemos
nesse mundo, mas não fazemos parte dele. Temos nossos compromissos,
responsabilidades, deveres e direitos sociais, mas o nosso principal
compromisso é com a Palavra de Deus e com a pregação do genuíno Evangelho a
todas as criaturas, como nos ORDENOU o Senhor Jesus para fazermos.
Mensagem
de Deus que não conduz à busca de santificação ou não passa pelo Sacrifício do
Senhor Jesus na Cruz do Calvário, não é mensagem de Deus é texto de autoajuda e
a Bíblia não é um livro de autoajuda, é a mensagem de um Deus amoroso e
misericordioso que não mediu “esforços” para salvar e resgatar o que se havia
perdido: eu você e toda a humanidade,
e para isso não poupou seu Único Filho, preferindo antes entregá-Lo para morrer
pelos nossos pecados e assim permitir que novamente pudéssemos ter acesso à Sua
presença.
Precisamos
voltar ao Evangelho Puro o mais brevemente possível, pois se continuarmos da
maneira em que estamos, de fato o Senhor voltará brevemente e muitos que
poderiam ter alcançado a salvação acabarão perecendo no Inferno por nossa única
e exclusiva culpa.
Que
o Senhor continue nos dando graça para realizarmos a obra que depositou em
nossas mãos e nos dê ousadia e intrepidez para anunciar a Sua Palavra a todos
que nos cercam e que cruzem o nosso caminho sem invencionices ou preocupação em
desagradar os que pensem e agem diferentemente, crendo que a Bíblia não passa
de um livro como outro qualquer e não como a genuína Palavra de Deus.
O
mundo não precisa de sincretismo religioso. O mundo precisa de Jesus Cristo e o
Reino de Deus, de almas resgatadas para Ele!
Sempre
juntos em Jesus.
Antonio
Carlos da Cunha, aprendiz de servo.
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