O homem mais indesejado do
mundo está vivo hoje! Não está morto. Com efeito, ele está muito ativo em
nossos dias.
Ele tem até família aqui na
cidade onde vivemos. Ainda outro dia passei horas com ele no preparo desta
mensagem! Muitos de vocês também o conhecem. Sem dúvida, o homem mais
indesejado do mundo é Jesus. Filho do Deus Vivo!
Na Praça Vermelha, em Moscou,
havia retratos gigantescos de Lênin, de Stálin, e de outros líderes comunistas
— todos ornados de veludo vermelho. Outro retrato devia estar pendurado na
Praça Vermelha: um retrato de Jesus Cristo — ornado com pano de saco preto —
tendo por baixo estas palavras: "O Homem mais Indesejado na Rússia —
Jesus!"
Se você for à Inglaterra e
visitar os salões do Parlamento ou as grandes catedrais, verá todos os retratos
de reis e rainhas do passado. Alguns foram amados; outros, odiados. Mas lá
também falta um retrato. Devia estar pendurado onde todos os ingleses pudessem
vê-lo, um enorme retrato de Jesus, com a legenda: "O Homem mais Indesejado
da Inglaterra!" Ou se você for ao Capitólio ou aos salões do Congresso em
Washington, verá os retratos de todos os Presidentes dos EUA, e os monumentos
erguidos em memória de Lincoln e de Washington. Devia haver um monumento
especial edificado sem que nele houvesse nada, apenas um retrato de Jesus e
estas palavras: "Este é o Verdadeiro Pai dos Estados Unidos! Ele os
Plantou, Regou, e Prosperou! Contudo Hoje ele é o Homem mais Indesejado desta
Sociedade!"
Caminhemos um pouco mais e
entremos nas bibliotecas e nas salas de aula de quase qualquer seminário nos
Estados Unidos. Ouça o que dizem teólogos ímpios, que odeiam a Cristo — examine
os livros da alta crítica, como se deleitam em defraudar e destruir a fé. Ou
entre nas grandes catedrais e veja os vitrais com Jesus retratado em quase
todos eles — depois ouça o assim chamado evangelho que aí se prega! Não é o
verdadeiro Jesus que pregam, mas um outro. Por que não são honestos? Deviam
colocar uma placa de bronze sob o Jesus retratado nos vidros coloridos, com esta
legenda: "Indesejado!"
Jesus nasceu judeu, mas os
judeus não quiseram saber dele — nem o querem agora. "Veio para o que
era seu, mas os seus não o receberam" (João 1:11). Em todas as
sinagogas estudava-se diligentemente acerca de sua vinda! Sacerdotes e escribas
podiam citar Isaías 53. Pensavam que sabiam onde ele ia nascer e de que modo o
reconheceriam. Diziam que viviam para o dia de sua vinda — da mesma forma como
o judeu atual anda à procura do seu Messias. Leio a respeito dos complôs
assassinos dos sacerdotes e dos dirigentes religiosos, e digo: "Como podem
planejar assassinar a Cristo, ou mesmo a Lázaro, quando se mostram tão ciosos
da Lei que diz: 'Não matarás'?" De onde poderia vir tal ódio a Jesus,
senão diretamente do inferno? Como pode o judeu de hoje odiar tanto a Jesus?
Ele é o Filho de Davi — ele amou a Israel — veio para cumprir todas as leis
desse povo. Seu coração estava posto sobre Jerusalém. Ele próprio era judeu e
profeta, como Moisés. Então por que os olhos deles se inflamam de ira e rejeição
à simples menção do seu nome? É bem provável que Jesus não conseguiria nem
visto para entrar em Israel na época atual! E talvez lhe fosse negada
cidadania. Estampariam em seu passaporte: "Indesejado!" Na verdade,
os seus não o receberam.
Sabemos sem sombra de dúvida
que o mundo secular não o deseja. Jesus é o cântico dos ébrios. Nos Estados
Unidos, e no Ocidente em geral, o nome de Jesus é profanado. Ele não é objeto de maldição na Rússia ou na China (eles
amaldiçoam seus ancestrais, seus deuses, e líderes caídos!). Mas os
norte-americanos amaldiçoam a Cristo. Os soldados romanos o escarneceram
colocando-lhe na cabeça uma coroa de espinhos. Agora nossas nações o escarnecem
de forma mais sofisticada: os produtores cinematográficos, com o melhor talento
que possuem, e com milhões de dólares, produzem filmes acerca de Jesus que
constituem zombaria engenhosa — escarnecem de sua divindade e roubam-lhe a
natureza divina.
Na Broadway, certamente Jesus
é o mais indesejado dentre todos os homens. La Cage aux Folies (título do filme
que no Brasil foi exibido como A Gaiola das Loucas), com seu tema homossexual,
era um desafio a Jesus com a mensagem que dizia: "Este é nosso território! Não queremos a sua interferência." A Igreja de Times
Square, localizada bem no meio do trono de Satanás (na sede de seu
quartel-general nacional!) é a maior ameaça ao reino dele que a Broadway já
teve! O inferno está enraivecido porque o diabo sabe que uma multidão estará
desejando correr para Jesus. Mesmo na região dos teatros, com a praga da AIDS e
em meio a todo o caos, Jesus tem vindo à Broadway. Existe uma igreja agora,
plantada por ele, com um povo cujo clamor é: "Nós o queremos! Receberemos
Jesus!" Estamos dizendo à cidade de Nova York, aos traficantes de drogas,
aos pornógrafos, aos produtores de filmes da Broadway, e às forças que
governam: "Vocês podem não desejá-lo, mas não podem mantê-lo fora!"
Como os anjos devem regozijar-se ao contemplar no meio da maior cidade dos
Estados Unidos — no coração de seu crime e pecado, e de seu ódio á Jesus —
centenas que agora se reúnem em nome do Senhor. Como eles devem exultar de
alegria: "Eles desejam nosso Senhor! Eles o querem!"
Até mesmo o "mundo
religioso" não o quer. Creio que Jesus é o mais indesejado pelos lideres
eclesiásticos apóstatas, corruptos, pelas organizações da igreja liberal, e
pelo cristão contemporizador dominado pela luxaria. Há uma idolatria relacionada com Jesus na religião de nossos
dias, tão real e tão terrível quanto à idolatria votada a Baal e a todos os
demais ídolos do antigo Israel. Eles abandonaram o verdadeiro Jesus, a Cruz, o
arrependimento, e a separação, e em sua imaginação esculpiram um Jesus
diferente. O Jesus deles é igual a eles — desculpando seus pecados, nada tendo
a apresentar senão palavras de fraternidade, de amor e de unidade. Colocaram o
nome de Jesus numa imagem verdadeiramente corrupta e má, fabricada por eles
mesmos. Não é o evangelho de Cristo e não é o verdadeiro Jesus. Empregam termos
corretos, mas não adoram ao Jesus que conhecemos. Paulo fez uma advertência a
respeito dos que "pregam outro Jesus... outro espírito.. . outro
evangelho" (2 Coríntios 11:4).
Não consigo citar uma única
importante companhia "cristã", gravadora de discos, que deseje de
fato Jesus. Elas se tornaram máquinas de fazer
dinheiro do tipo Wall Street, usando o nome de Jesus como um artifício de
vendas! Ficamos transtornados com a exibição de filmes como A Última Tentação de Cristo, que menospreza nosso
Senhor; mas piores ainda são esses produtores de discos "cristãos" e
casas publicadoras que lançam "rock" e "punk". São
manipuladores, são os modernos mercadores do templo de Jerusalém, que Jesus
repugnou. Com efeito, em tudo isso nada há de religioso. A música da Nova Era e
a teologia humanística estão entrando de modo furtivo nas livrarias cristãs.
Algumas dessas lojas estão-se tornando os maiores vendedores de lixo ímpio no
Ocidente. Suas seções de discos saíram direto do inferno e a maioria dos livros
são nada mais do que papel ordinário que nada dizem! Tudo é negócio. Não há por
que queixar-nos dos negociantes judeus que auferem lucro usando o nome de Jesus
por ocasião da Páscoa e do Natal. Os evangélicos lucram com o nome de Cristo
durante 365 dias por ano! Jesus não é desejado por esses marreteiros. O que
eles desejam é dinheiro! Graças a Deus existem algumas exceções; algumas
livrarias que se recusam a contemporizar.
Você diz: "Oh, mas
graças a Deus por nossa igreja. Nós o queremos — não o temos feito indesejado.
Temos recebido a Jesus de bom grado e o temos desejado de todo nosso
coração!" Pense, porém, naquele terrível momento quando a maioria dos
discípulos do Senhor desistiram e já não o seguiam por causa da dureza da
Palavra. Jesus virou-se para seus discípulos, para os doze, e perguntou-lhes:
"Não quereis vós também retirar-vos?" Não aquece o seu coração ouvir
Pedro dizer: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida
eterna" (João 6:68)? Não obstante, na última hora, até mesmo os doze,
"deixando-o, todos fugiram" (Marcos 14:50). Isaías disse: "Era
desprezado, e o mais indigno entre os homens... como um de quem os homens
escondiam o rosto... Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se
desviava pelo seu caminho" (Isaías 53:3, 6). O profeta emprega o pronome
"nós". Nós o desprezamos. Nós o rejeitamos. Nós escondemos dele o
nosso rosto. Nós todos nos desviamos pelo caminho. Pense nas multidões de
apóstatas, naqueles que outrora caminharam com ele. Agora escondem-se dele e
não querem estar na sua presença. Alguns dos que lêem estas palavras desviaram-se
e seguiram seu próprio caminho. Rejeitaram a Jesus e ainda não o querem.
Minha mensagem aqui é
realmente acerca da rejeição que Jesus sofre por aqueles que mais alegam
desejá-lo. Faça estas perguntas aos que mais
se dizem cristãos: "Você deseja Jesus? Você sente
que tem necessidade dele? Deseja conhecê-lo melhor?" Quase todos
responderiam: "Sim, o desejamos de fato." Deixe-me esclarecer o que
quero dizer por "desejar a Jesus". Falo de um desejo consumidor — de
um anseio profundo em deixar que ele seja tudo para você. "No teu nome e
na tua memória está o desejo da nossa alma. Com a minha alma te desejo de
noite; com o meu espírito, que está dentro em mim, madrugo a buscar-te"
(Isaías 26:8,9). O profeta está falando de um anseio e de uma fome de Deus —
mesmo no meio da noite! Significa buscá-lo com um coração que chora, que
suspira. "Desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu
fruto é doce ao meu paladar... desfaleço de amor... O meu amado é meu, e eu sou
dele... De noite busquei em minha cama aquele a quem ama a minha alma" (O
Cântico dos Cânticos 2:3,5,16; 3:1). Isto, sim, é desejar a Jesus! Ele consome
os pensamentos noite e dia. Ele se torna o verdadeiro significado da vida.
Examinemos esta questão de amar a Jesus e esforçar-nos por
descobrir o quanto realmente o desejamos.
(Texto
extraído do livro "David Wilkerson exorta a Igreja"- David Wilkerson)