quinta-feira, 18 de outubro de 2018

TORTURADO POR AMOR A CRISTO

TORTURADO POR AMOR A CRISTO



Creio ser muito importante, principalmente diante da postura de muitas igrejas ditas evangélicas que nos dias atuais preferem enfatizar “fábulas” para atrair as pessoas – dando a elas a falsa ideia de que podem conquistar materialmente todas as coisas ou que todos os seus males e dificuldades desaparecerão como num passe de “mágica” ao frequentarem essas instituições – ao invés de conduzi-las à Cruz de Cristo, ensinando-as que a carreira cristã não é o “mar de rosas” que muitos pensam, mas é trilhada muitas vezes por caminhos pedregosos e perigosos. Apesar desses percalços, ao final de sua jornada, o viajante encontrará descanso para sua alma aflita e a vitória espiritual em Jesus Cristo.
Sabemos que muitos cristãos espalhados pelo mundo nunca ouviram falar acerca de uma Igreja perseguida ou que cristãos são mortos diariamente em muitos países, simplesmente por anunciarem a Salvação em Jesus Cristo.
Esses mártires são homens e mulheres que não têm as suas vidas por preciosas e que por essa razão enfrentam até as últimas consequências as adversidades e perseguições para levarem uma vida a ter uma experiência de salvação em Cristo Jesus.
Dentre essas pessoas, temos o Testemunho vivo de um homem, Rev. Richard Wurmbrand, que durante sua vida foi um apaixonado em cumprir a ordenança do Senhor de que todo aquele que fosse alcançado pela mensagem do Evangelho deveria seguir o exemplo daqueles que o conduziram a Cristo, ou seja: fazer a obra do Evangelista, anunciando a mensagem de Salvação ao pecador, concedendo-lhe a oportunidade de reconciliar-se com Seu Deus.
Conheçamos um pouco acerca de seu Ministério.
Antonio Carlos
Um ateu encontra Cristo
Fui Criado em um lar onde religião nenhuma era admitida. Durante minha infância não recebi qualquer educação religiosa e com a idade de 14 anos já me considerava ateu. Fora este o resultado de uma infância rude. Fiquei órfão nos meus primeiros anos e conheci o que é ser pobre durante a Primeira Guerra Mundial. Aos 14 anos estava eu tão convencido do ateísmo como os comunistas hoje. Havia lido livros ateus e não era apenas uma questão de não crer em Deus ou em Jesus Cristo...
Eu odiava tais noções, considerando-as maléficas à mente humana. Assim cresci com ódio à religião.
Mas, como vim a entender posteriormente, tive a graça de ser um dos escolhidos de Deus por motivos que não estão ao meu alcance. Tais motivos nada tinham a ver com o meu caráter, pois era muito mau.
Apesar de ateu, alguma coisa inexplicável sempre me atraía às Igrejas. Era-me difícil passar por um templo sem que lá entrasse. Entretanto, nunca entendi o que se passava em tais igrejas. Prestava atenção aos sermões, contudo eles não apelavam ao meu coração. Tinha certeza de que não havia Deus. Odiava a ideia de Deus como Senhor a quem eu tinha de obedecer. Odiava a noção errada dele, que tinha em minha mente. Gostaria, porém, imensamente de saber da existência de um coração meigo em algum lugar no centro do universo. Conhecia pouco dos prazeres da infância e da mocidade. Mas suspirava por um coração bondoso, palpitando por mim, em algum lugar.
Sabia que não existia Deus, porém sentia-me triste com a ideia de que tal Deus de amor não existisse. Certa vez, em minha íntima luta espiritual, entrei em uma Igreja Católica: vi ali gente de joelhos, dizendo alguma coisa. Então pensei em ajoelhar-me junto a eles, tentando entender o que eles estavam dizendo, e repeti as rezas para ver se algo me aconteceria. Eles rezavam à Santa Virgem: “Ave Maria, cheia de graça.” Repeti as palavras com eles muitas vezes, olhei para a estátua da Virgem Maria, porém nada me aconteceu, Fiquei muito triste com isso.
Um dia, mesmo sendo ateu muito convicto, orei a Deus. Minha oração foi mais ou menos assim. “Deus, eu sei com certeza que Tu não existes. Porém, se por acaso Tu existires, o que eu duvido, não é minha obrigação acreditar em Ti; é tua obrigação Te revelares a mim.” Eu era ateu, porém o ateísmo não dava paz ao meu coração.
Foi nessa hora de tormenta íntima – como vim a descobrir depois – que em uma vila nas montanhas da Romênia, um velho carpinteiro orava assim: “Meu Deus, eu te servi na terra e desejava ter minha recompensa tanto na terra como nos Céus. E a minha recompensa deve ser que eu não morra antes de ter trazido um judeu para Cristo, porque Jesus era do povo judeu. Porém eu sou pobre, velho e doente. Não posso ir em busca de um judeu. Em minha vila não há judeu algum. Traze um judeu à minha vila e eu farei o melhor que puder para levá-lo a Cristo.”
Algo irresistível levou-me àquela vila. Nada tinha para fazer ali. A Romênia tem doze mil vilas. Porém eu fui àquela vila. Vendo que eu era judeu, o carpinteiro me cortejou como nunca uma bela jovem havia sido cortejada. Ele viu em mim uma resposta às suas orações e deu-me uma Bíblia para ler. Eu a havia lido antes várias vezes por motivos culturais. Porém a Bíblia que ele me havia dado era de um tipo diferente. Como me disse depois, ele havia orado horas a fio, juntamente com sua esposa, pela minha conversão e a da minha senhora. E a Bíblia que ele me deu fora escrita, não com letras, mas com chamas de amor ateadas por suas orações. Eu mal podia lê-la. Apenas chorava sobre ela, comparando minha vida má com a vida de Jesus; minha impureza com Sua pureza; meu ódio com Seu amor; e Ele me aceitou para ser um dos Seus.
Logo depois minha esposa também se converteu. Ela trouxe outras almas para Cristo e estas outras almas trouxeram ainda mais almas para Cristo e então uma nova Congregação Luterana estabeleceu-se na Romênia.
Chegou então o tempo do Nazismo, Tivemos muito que sofrer. Na Romênia, o nazismo tomou a forma de ditadura com elementos de ortodoxia extremista, os quais perseguiam tanto os grupos protestantes como os judeus.
Mesmo antes da minha ordenação e antes de estar preparado para o ministério, eu era realmente o líder dessa Igreja, sendo o seu fundador. Eu era responsável por ela. Minha esposa e eu fomos muitas vezes presos, açoitados e levados à presença de juízes nazistas. O terror nazista era enorme, porém era apenas uma amostra daquilo que haveria de vir sob o regime comunista. Tivemos de dar ao nosso filho um nome não judaico, para o preservar com vida.
Tais dias sob o Nazismo nos trouxeram uma grande vantagem. Eles nos ensinaram que açoites físicos poderiam ser suportados; que o espírito humano com a ajuda de Deus pode sobreviver a horríveis torturas. Essa época também nos ensinou as técnicas de um trabalho cristão secreto que era uma preparação para uma prova muito pior que haveria de vir, prova que estava diante de nós.

Rev. Richard Wurmbrand

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Quem é o Autor

O Rev. Richard Wurmbrand (24/03/1909 + 17/02/2001 (acréscimo nosso)) foi o ministro evangélico que passou 14 anos como prisioneiro dos comunistas, torturado em sua própria terra, a Romênia. É um dos mais conhecidos líderes evangélicos, autor e educador. Poucos nomes são mais conhecidos em sua terra natal.
Em 1945, quando os comunistas tomaram a Romênia e tentaram submeter às Igrejas aos seus propósitos, Richard Wurmbrand imediatamente iniciou um ministério eficiente e vigoroso, pelo processo chamado “subterrâneo”, destinado à pregação do Evangelho ao seu povo escravizado pelos soldados russos invasores. Foi preso em 1948 com sua esposa Sabina. Durante três anos sua esposa trabalhou escravizada e Richard Wurmbrand passou esse tempo numa prisão solitária – sem ver qualquer pessoa, a não ser os seus torturadores comunistas. Depois de três anos foi transferido para uma cela coletiva, onde as torturas continuaram durante cinco anos.
Por causa de sua liderança cristã internacional, diplomatas de embaixadas estrangeiras indagaram ao governo comunista sobre sua segurança. A resposta foi que ele havia fugido da Romênia. Elementos da policia secreta, disseram à sua esposa que assistiram ao seu funeral no cemitério da prisão. Sua família na Romênia e seus amigos de outros países foram avisados que deveriam esquecê-lo em vista de já estar morto.
Depois de oito anos foi solto e imediatamente reassumiu seu trabalho na Igreja Subterrânea, Dois anos depois, em 1959, foi outra vez preso e condenado a 25 anos de reclusão.
Foi solto em 1964 por uma anistia geral e mais uma vez prosseguiu em seu ministério secreto. Levando em consideração o grande perigo de um terceiro período na prisão, crentes da Noruega negociam com as autoridades comunistas sua permissão para deixar a Romênia. O governo comunista havia iniciado a “venda” dos seus presos políticos. O preço da libertação de um prisioneiro era de 800 libras, mas o preço de Wurmbrand foi fixado em 2.500 liras.
Em maio de 1966 testemunhou em Washington perante a Subcomissão de Segurança Interna do Senado Americano, ocasião em que tirou a camisa para mostrar aos presentes dezoito profundas cicatrizes provocadas pelas torturas físicas recebidas.
Sua história foi levada a todo o mundo pela imprensa livre dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia. Em setembro de 1966 foi advertido que o regime comunista da Romênia decidira eliminá-lo. Apesar disso não silenciou e continua a dar seu testemunho. Tem sido chamado “a voz da Igreja Subterrânea”. Líderes cristãos têm-no considerado o “Mártir Vivo” e o “Paulo da Cortina de Ferro”.
Textos extraídos do livro: “Torturado por amor a Cristo- Richard Wurmbrand- 7ª Ed. em português-1998- Editora A.D.Santos Editora Ltda.”

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Se você que leu esse testemunho de fé e entrega se identificou com as palavras proferidas por esse grande servo de Deus – que apesar de todas as lutas pelas quais passou nunca abandonou a sua fé – e ainda não entregou a sua vida nas mãos de Jesus eu quero lhe fazer um convite.
Entregue o seu coração e a sua vida a Jesus e deixe que ele cuide de você e dirija seus passos. Ele te mostrará o quanto você é importante e revelará todo o amor que deseja derramar sobre a sua vida.
Confie nEle. Ele é Fiel para cumprir a Sua Palavra. Nele podemos confiar sempre, pois Ele se entregou para morrer naquela cruz pelos nossos pecados, para que você e eu tivéssemos, ao reconhecer nesse ato de tão grande amor, a oportunidade de vermos os nossos pecados perdoados e o direito de vivemos em intimidade eterna em Sua companhia.

Faça essa oração comigo e creia que Ele cuidará de você e dos seus.

Senhor Jesus, eu creio de todo o meu coração, que és o Filho de Deus, que veio a esse mundo e foi morto na Cruz do Calvário para resgatar os meus pecados. Eu reconheço que sou pecador e peço perdão a Ti pelos meus pecados. Senhor Jesus, eu O reconheço como meu Salvador pessoal e quero morar nos céus com o Senhor. Toma conta de mim, dirige os meus passos e me batiza com o Espírito Santo para que eu possa testemunhar desse teu amor por mim. Eu te agradeço por me receber e me dar o direito de ser chamado filho de Deus. Amém
Se você fez essa oração eu o convido a procurar uma Igreja Evangélica e começar a conhecer o que Deus tem para você. Estude sempre a Palavra de Deus, a Bíblia. Nela você encontrará tudo o que necessita para ter uma vida vitoriosa com Cristo.
Que Deus o abençoe ricamente.
Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos

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