sábado, 13 de março de 2010

Deus mandou a chuva para deter o inimigo

ETIÓPIA (44º) - “Não tinha com quem contar. Telefonei para o meu líder no meio da confusão. Ele orou por mim. E Deus enviou a chuva para conter o inimigo, que desejava tirar minha vida”, contou Mihiret Tamir (foto), 38, missionário de uma remota aldeia do Estado de Amhara.
Há dez anos, Mihiret foi o primeiro a se converter em sua aldeia. Desde então, ele tem enfrentado oposição. Já recebeu ameaças de morte e sobreviveu a mais de um ataque.O ataque mais recente se deu em 1º de maio do ano passado, quando Mihiret e sua família acordaram por volta da meia-noite com o barulho de pedras atingindo sua casa.
A esposa e os filhos de Mihiret esperavam o pior, pois ainda estavam traumatizados pelos ataques anteriores.
A casa da família já foi incendiada, a plantação já foi destruída e o próprio Mihiret já sofrera agressões que quase o mataram.
Enquanto as pedras atingiam sua casa, Mihiret, preocupado, tentou consolar a família e reuniu-a para orar.
A casa foi apedrejada por mais de 30 minutos, enquanto a família se perguntava o que fazer.“Todos me olhavam, foi muito difícil. Não podia escapar dos olhares de meus amados, e percebi que tinha de mostrar um pouco de força e calma para lhes assegurar de que a situação não era perigosa” relembrou Mihiret.
Desesperado, ele telefonou para seu coordenador, que vive em Bahirdar, para pedir ajuda em oração.
Telefonema inesperado“Era tarde da noite, cerca de 1 da manhã, e eu estava dormindo”, o coordenador comentou.
“Fiquei assustado em receber uma ligação tão tarde. Quando vi que era Mihiret quem estava ligando, suspeitei que havia algo errado. Atendi o telefone e logo perguntei o que estava acontecendo. Ele me disse que havia pessoas apedrejando sua casa. Mihiret pediu para que orássemos por eles. Eu conseguia ouvir as pedras atingindo a casa, ao fundo. O que mais poderia fazer naquele momento? Moro a cem quilômetros de distância, e já era tarde...
Oramos juntos pelo telefone. Antes de desligar, animei Mihiret a confiar em Deus. Eu estava realmente confuso. O que podia fazer para ajudá-lo? Algumas semanas antes do incidente, ele me disse que havia recebido uma nota, mandando-o deixar a aldeia. Fiquei preocupado com a segurança dele, já que podiam atacá-lo. Ajoelhei-me e orei pela segurança de Mihiret e de sua família.
Não consegui dormir depois daquele telefonema.
Livramento
“Pela manhã, Mihiret telefonou de novo e deu graças a Deus. Foi um enorme alívio ouvi-lo dizer que estava seguro. Ele me contou que, assim que oramos juntos, caiu uma enorme chuva na vila, acompanhada de um vento fortíssimo. A chuva e o vento permaneceram por mais tempo do que o normal. Consideramos isso uma intervenção divina. Foi inesperado. A chuva forçou as pessoas a ir embora e buscar abrigo”, o coordenador compartilhou.
Mihiret contou que desde então, os aldeões o chamam de “o mágico”. “A vila toda estava preocupada com a falta de chuva naquele mês. Mas, de repente, a chuva veio para dispersar meus inimigos. Foi intervenção de Deus”, compartilhou.
Ele continua: “Não vou parar de ser testemunha de Cristo. Não devo poupar minha vida neste mundo. Costumava ter de tudo, mas não tinha paz de mente e coração. Só consegui isso em Cristo. Fui quase morto por pessoas que se opõem a minha fé nele. Mas sobrevivi… Não tenho vida fora de Cristo. Não vou hesitar em morrer no ministério, se essa for a vontade de Deus e se for necessário.”
Mihiret treina atualmente mais de 20 novos convertidos.
Pedidos de oração:

• Interceda pela Igreja no Estado de Amhara. Que Deus ajude esses irmãos a suportar o sofrimento e a perseguição para a glória dele.
• Ore por Mihiret e sua família, que sofre oposição da comunidade onde vivem. Peça a proteção de Deus sobre eles. Que Mihiret dependa da sabedoria e direção de Deus para conduzir seu ministério.


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Vamos conhecer um pouco sobre a Igreja perseguida na Etiópia




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A Etiópia está localizada em uma importante área do leste africano conhecida como Chifre da África. Seu território apresenta um grande número de montanhas e planaltos. A região apresenta grande diversidade no clima e na vegetação. A população etíope é diversificada. Quase 77 grupos étnicos compõem a população, e falam-se 84 línguas no país. O idioma amárico é o oficial. Algumas escolas, entretanto, substituíram o ensino dessa língua por outras mais faladas na região, como o oromifa e tigrinia. A AIDS é um problema para os etíopes. Em 2005, a ONU afirmou que mais de 25 mil pessoas são infectadas pelo HIV semanalmente na Etiópia, incluindo crianças.1 Aproximadamente 4,4% dos adultos possuem o vírus. Por conta da doença, a expectativa de vida é baixa (55 anos) e a mortalidade infantil é alta (8,2% das crianças que nascem vivas morrem antes de completar o 1º ano de idade).
Embora a liberdade religiosa seja garantida pela Constituição, o governo controla essa liberdade. A Igreja evangélica é a que mais sofre, por ser a minoria. Ela é monitorada pelo governo e não goza dos mesmos direitos que os ortodoxos ou muçulmanos.
Em setembro de 2008, líderes das igrejas protestantes de Lalibela receberam ordem de parar todos os cultos das igrejas. A ordem foi baseada na alegação de que tais igrejas eram ilegais. Lalibela é conhecida por suas igrejas encravadas nas rochas, que datam do século XII, propriedades da Igreja Etíope Ortodoxa. Por centenas de anos, a cidade foi centro de treinamento de padres, monges e outros ministros ortodoxos. A peregrinação a Lalibela é sagrada para os ortodoxos etíopes, pois consideram esta a segunda Jerusalém.
A comunidade local se orgulha muito da herança de Lalibela e trabalha duro para manter qualquer outra religião fora da região, inclusive o protestantismo.
Mais propensos à evangelização do que os demais cristãos, os evangélicos atraem o ódio de muçulmanos e ortodoxos por "roubarem seu rebanho": fazerem convertidos em meio às comunidades islâmica e ortodoxa.
As pessoas que tentam incorporar reformas à Igreja Ortodoxa são excomungadas e expulsas de suas moradias, como aconteceu na metade de 2008. Dezoito membros da Igreja Ortodoxa Etíope (EOC), acusados de atividades em favor de reformas, foram recentemente excomungados. Os que se convertem e passam a frequentar a Igreja protestante sofrem retaliações e ataques mais diretos. Em julho de 2008, dois convertidos tiveram sua casa incendiada. Apesar de a família sair com vida, os danos foram altos.Os ex-muçulmanos são vítimas da perseguição de seus familiares. São marginalizados pela comunidade e também sofrem ameaças e ataques. O caso mais exemplar disso foi o assassinato de evangelista Michael Dhaba, em outubro de 2006. Michael, com 38 anos de idade quando faleceu, era um evangelista conhecido, dedicado a alcançar os muçulmanos com o amor de Cristo. Por meio de seu ministério, muitos muçulmanos vieram a conhecer a verdadeira paz com Deus. Mesmo Michael tendo o respeito e a admiração de alguns xeiques, havia alguns que estavam insatisfeitos com a dedicação de Michael em ganhar almas para Cristo. Ele foi martirizado na porta de casa, em frente à sua família.
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SAIBA MAIS SOBRE A IGREJA PERSEGUIDA NA ETIÓPIA, LENDO: http://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=57

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