Todos
nós, sem exceções, vivemos em busca da felicidade e quando se aproxima a
celebração do Natal esse sentimento fica mais evidente. É o momento no qual
podemos encontrar amigos e parentes que às vezes passamos o ano inteiro sem ter
um contato pessoal, mas que nunca saíram de nossa mente e coração.
Conta-se que em determinado país um jovem estava passando por
sérios problemas e conflitos pessoais e, como não conseguia resolvê-los,
decidiu procurar um profeta a fim de que o orientasse acerca do que deveria
fazer para solucionar esses graves conflitos a que se entregara.
Ao ser consultado, o profeta lhe disse, sem rodeios, que morreria
em breve, porque a morte vinha rondando sua casa e que a única pessoa que
poderia impedir esse acontecimento seria ele mesmo. Apavorado e sem parar para
meditar nos conselhos que recebera vendeu tudo o que possuía e partiu para um
lugar distante, pensando que dessa forma poderia fugir de seu trágico destino.
No dia seguinte à sua partida, uma figura estranha, com vestes
negras carregando uma foice em uma das mãos, entrou em um supermercado da
cidade onde o desesperado jovem morava e comprou diversos produtos.
Ao olhar e reconhecer aquela estranha figura, o comerciante do
estabelecimento não se conteve e decidiu inquiri-la acerca dos motivos que a
levaram a adquirir tão grande quantidade de produtos.
- “Senhora Morte, com todo respeito,
posso lhe fazer uma pergunta?”
- “Claro que sim”, respondeu ela.
- “Claro que sim”, respondeu ela.
- “Que
motivos a levaram a comprar tantos produtos em meu estabelecimento? Vai
viajar?” Ao que a Morte respondeu: - “Sim, preciso fazer uma grande viagem
para me encontrar com um rapaz que acabou de mudar-se daqui.”
Isso é apenas a estória de alguém que, pensando fugir ao seu
destino, simplesmente decidiu afastar-se do lugar e das pessoas que o cercavam,
quando na verdade deveria se preocupar em impedir que esse processo se
consumasse, conforme o conselho que recebera do profeta: “a única pessoa que
poderia impedir esse acontecimento seria ele mesmo”.
Muitos de nós somos parecidos com esse jovem: Procuramos fugir ao
nosso “destino”, simplesmente nos afastando de tudo e de todos que nos cercam,
acreditando que agindo assim poderemos também nos distanciar das lutas e
dissabores há que todos estão sujeitos na vida e finalmente encontrar a tão
esperada felicidade neste mundo.
Os
que assim pensam e agem são vítimas de um grande equivoco, pois a verdadeira
felicidade não está relacionada ao fato de nos afastarmos das pessoas e
situações adversas que nos rodeiam, mas em procurar aproveitar ao máximo o que
cada uma delas tem a nos oferecer. Devemos assimilar e colocar em prática os
seus pontos positivos e excluir os negativos.
A felicidade é algo que está ao alcance de todos nós, bastando
apenas que enxerguemos atentamente as diversas formas de alcançá-la.
Se nos permitirmos analisar as possibilidades que a vida nos
concede para nos tornarmos pessoas melhores e felizes, poderemos verificar
quantas coisas temos deixado de valorizar:
Quantos amigos deixamos passar pela vida sem dizer o quanto foram
importantes para nós?
Quantos lugares deixamos de visitar, simplesmente porque não nos
dispusemos a sair de nossas casas e ficamos apenas com as reminiscências dos
comentários dos que lá estiveram?
Quantas vezes nos preocupamos em fazer a vontade daqueles que nos
cercam e negligenciamos a nós mesmos o direito de sermos quem realmente somos?
Quantos projetos deixamos de realizar pelo medo de não sermos
bem-sucedidos, imaginando o que poderiam pensar a nosso respeito caso
fracassássemos, apesar de sabermos que éramos capazes de concluí-los com o
êxito esperado?
Adicione na lista acima os vários momentos que a vida lhe permitiu
ser feliz e que você deixou passar sem ao menos se conceder a oportunidade de
tentar.
Com certeza todos nós temos uma lista desses sucessos que se
transformaram em insucessos simplesmente pelo fato de nunca terem sido
iniciados.
Nesse novo ano, vamos renovar também nossa maneira de enxergar as
possibilidades que a vida nos concede para sermos efetivamente felizes.
Afinal de contas foi para isso que fomos criados: para a felicidade
eterna!
Quero desejar a todos que
tem nos acompanhado ao longo desse ano um feliz Natal, pleno de alegria e
felicidade.
Sabemos que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro como
comemoramos, mas isso pouco importa. O que realmente importa é o seu significado:
demonstração de um Deus amoroso que enviou Seu próprio Filho ao mundo para
resgatar os perdidos.
Natal é tempo de renovação espiritual. Não fujamos ao nosso
destino como fez o rapaz da estória acima, mas a exemplo do Mestre, sigamos os
Seus passos, amando a todos que nos cercam, compartilhando o que temos com os
necessitados do corpo e da alma: uma palavra amiga e um gesto de carinho muitas
vezes valem mais que um alimento para o corpo físico. Agindo assim o Natal terá
efetivamente um valor mais importante que a entrega de presentes e as
comemorações exteriores que uma grande parcela pensa ser o mais importante,
marcará o inicio de uma nova caminhada com o Senhor.
Que possamos no ano se inicia prolongar esse sentimento de
fraternidade e de amor ao próximo que tão de perto nos fala ao coração quando
essa data tão significativa para a Cristandade se aproxima.
Que Deus abençoe a todos que procuram através do testemunho de
vida e da mensagem do Cristo transformar esse mundo em um mundo melhor, onde as
pessoas se amem e se entreguem ao Senhor.
Que ao final de 2021 possamos dizer: Valeu a pena seguir a Jesus e testemunhar do Seu amor.
Que ao final de 2021 possamos dizer: Valeu a pena seguir a Jesus e testemunhar do Seu amor.
Sempre juntos em Jesus
Antonio Carlos, aprendiz de servo