domingo, 18 de novembro de 2018

Afinal, onde está o Cristo?






“E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades nem os sigais;” (Lc 17.23)

Não poucas pessoas, movidas pelas informações que ouviram acerca de Jesus, buscam consolo e reconforto junto a Ele, tão somente pelas palavras que ouviram, sem se darem conta do que esse encontro representará para suas vidas a partir de então.
Pode ser que no local onde estejam também se fale sobre e em nome de Jesus, comente-se sobre as curas do corpo que realizou, ou ainda acerca do infinito amor que nutria, principalmente, pelos pecadores e pelos rejeitados pela sociedade da época em que esteve conosco.
Aqueles que são movidos por esses sentimentos, muitas vezes se decepcionam porque ao passar aqueles momentos de euforia e até mesmo de “êxtase” espiritual que encontraram no início, com o passar do tempo se veem como antes: sozinhos e à deriva no barco da vida.
Levados pela força das ondas não se sentem mais seguros e buscam repouso e descanso em uma nova doutrina ou denominação religiosa, acreditando que um dia... quem sabe.... encontrarão a tão esperada  paz e tranquilidade que ansiavam encontrar quando tiveram seu primeiro encontro com a mensagem redentora de Jesus.
Jesus, advertindo a seus discípulos, disse que tomassem cuidado com as indicações de que estaria neste ou naquele local, nesta ou naquela entidade religiosa, nesta ou naquela figura emblemática que discursava acerca do Evangelho.
Ele assim os advertiu porque antes de encontrá-Lo neste ou naquele local exterior, deveriam encontrá-Lo dentro de si mesmos.
Quando Jesus mora em nosso coração, não precisamos correr para nenhum lugar, pois Ele supre todas as nossas necessidades mais intimas: aquelas que brotam de dentro de nós e que nos transformam em pessoas mais compromissadas com a sua Obra e com o nosso próximo.
Quando Jesus mora em nosso coração, sentimos a necessidade de viver integralmente o Seu Evangelho de amor e redenção.
Mesmo que pareça difícil viver o Evangelho e que ao contemplarmos a nossas imperfeições pareça impossível, tenhamos a certeza de que se dermos o primeiro passo receberemos dEle a força de que necessitamos para vencer os desafios que a caminhada cristã impõe a todos que buscam trilhar por sua estrada.
Viver o Evangelho não é fazer dele um leque de opções religiosas, onde a exterioridade tem mais importância do que as ações que nascem do nosso interior. Viver o Evangelho é procurar transformar primeiramente as nossas próprias vidas, para somente então, procurar ajudar na construção de um mundo melhor.
Sem eliminarmos os conflitos internos que nos impedem de viver uma vida plena na presença do Senhor, se torna impossível colaborar na edificação necessária à nossa volta.
Todos haveremos de nos apresentar ante o tribunal de Cristo, como nos ensina a Palavra de Deus, e daremos contas de todas as palavras e até mesmo pensamentos que emitimos ou expressamos.
A responsabilidade maior recai sobre aqueles que já conhecem a mensagem libertadora do Evangelho de Cristo e que ao invés de levá-la sem manchas e invenções a corrompem e desfiguram para dela auferirem lucros financeiros e reconhecimento pessoal.
Sabemos que é muito fácil propagar intelectualmente os ensinamentos contidos nos Evangelhos, mas compreendemos também a dificuldade de exemplificá-lo. Jesus não prometeu facilidades na divulgação de sua doutrina, ao contrário, nos alertou de que aqueles que desejassem esse ministério deveriam estar aptos e preparados para lutas, dificuldades, perseguições e até mesmo a morte, mas que para os que resistissem firmes nesse santo propósito lhes estaria reservado um lugar na morada celestial, onde todos esses dissabores seriam extintos.
Por essa razão, que sua fé e vontade de seguir a Jesus não seja impulsionada por modismos ou por propagandas enganosas, que oferecem um Evangelho cor-de-rosa ou uma vida de riquezas e facilidades materiais para os que o abraçam. Esse não é o Evangelho da Cruz de Cristo, nem das promessas contidas na Palavra de Deus, mas o evangelho dos aproveitadores de plantão, dos enganadores que um dia terão que responder por seus desmandos.
Seja cauteloso, examine as Escrituras e comprometa-se com a Verdade da pregação do Evangelho de Cristo e lembre-se de que Ele mora acima de tudo em seu coração e não em templos feitos por mãos e mentes humanas.
Sempre juntos em Jesus.
A. Carlos
(Texto extraído do Livro “Na Dimensão do Espírito- Volume I” de autoria de Antonio Carlos da Cunha)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...