Décadas atrás, alguns “profetas” de plantão vaticinaram que a
instituição “família” chegaria ao
fim.
Com certeza não faltaram
adeptos que procurassem colaborar para que este “vaticínio” se concretizasse.
Os tempos mudam, a
civilização evolui, a ciência progride e a capacidade intelectual dos
habitantes do planeta se desenvolve a cada dia, fazendo com que conquistas
tecnológicas, tidas como de “última
geração” tornem-se ultrapassadas em apenas alguns meses e às vezes uma
semana depois de colocadas à disposição da sociedade.
Todas essas conquistas,
todavia, são passageiras e sujeitas muito mais às interferências do homem do
que propriamente de Deus, mas apesar desses altos e baixos, dessas idas e
vindas do saber humano, a família permaneceu e permanecerá para sempre, mesmo
que sufocada pelos modismos e desprestigiada por um grupo minoritário de homens
e mulheres que desejam ditar “novas
fórmulas” para que ela se mantenha “atualizada”.
A família é uma
instituição Divina e sem ela a sociedade não sobrevive. A maior demonstração de
sua força está exatamente no amor dos que a ela são agregados. Esse amor faz
com que sobreviva a tudo e a todos, porque partindo do Criador, faz com que
todos convirjam a Ele.
Muitas pessoas preferem
exaltar a Justiça Divina como se fosse Seu principal atributo. Eu, todavia,
entendo que todos os atributos Divinos alcançam a mesma escala: Infinita.
Se apenas um de Seus
atributos não estiver nessa Infinita condição, não estaremos falando acerca do
Deus que eu creio, mas sobre um deus qualquer, “levantado” e divulgado pelo
mesmo segmento da sociedade que vem tentando minar a instituição familiar
através de conceitos deturpados e muitos deles, segundo seus idealizadores,
supostamente amparados pela “vontade”
Divina.
Certamente, os atributos
Divinos não podem ser mensurados por nossa limitada capacidade intelectual ou
espiritual, mas se pudesse dizer qual deles fala mais de perto ao meu coração
eu não tenho dúvidas em afirmar que escolho, sem detrimento dos outros, o Amor.
Ao longo da existência
humana, Deus tem demonstrado o quanto nos ama e mesmo nos momentos em que somos
provados ou até mesmo confrontados por Ele. Por mais que venhamos a sofrer
dores físicas ou morais, ao alcançarmos o equilíbrio percebemos que tudo que
nos aconteceu foi em nosso próprio benefício e se ao superarmos as adversidades
vivermos de maneira diferente, perceberemos que e quanto o Eterno nos ama. Sou
apaixonado pelo Amor Divino...!
Invariavelmente, os que
exaltam mais a Justiça Divina como forma de condenação, repressão e isolamento
como sendo a forma empregada por Ele para manifestar a Sua vontade, estão, na
verdade, querendo que sua própria justiça – humana – se concretize como se
partisse do Criador. Vemos isso com muita frequência nos grupos onde o
fanatismo e a materialidade são evidentes, buscando, muitas vezes, através
dessa “rigidez divina” exercer, com
ares de “espiritualidade” superior, a
autoridade e a subjugação humana do grupo a que pertencem.
Aproximemo-nos desse Amor
Real que somente Deus pode nos oferecer e começaremos a olhar para o nosso
irmão de maneira diferente, procurando perceber e valorizar suas virtudes,
ajudando-o a corrigir suas faltas, sem, no entanto, exaltá-las e torná-las
públicas.
O verdadeiro amor, em
minha humilde opinião, passa pela compreensão do erro do semelhante a que todos
estamos sujeitos e é por essa razão que Deus permite que pessoas tão diferentes
convivam sob o mesmo teto, num aprendizado mútuo, a fim de alcançarem o prêmio
maior a que todos almejamos: estar na presença Divina e desfrutar de sua amável
companhia.
Sempre juntos em Jesus.
A.
Carlos
(Texto extraído do Livro “Na
Dimensão do Espírito – Volume I de autoria de Antonio Carlos da Cunha)